Renda Fixa

Pós-fixado, prefixado ou IPCA+? O que vale mais a pena ter no segundo semestre de 2024, segundo o BTG

27 jun 2024, 7:44 - atualizado em 27 jun 2024, 7:44
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O primeiro semestre de 2024 foi marcado por incertezas: veja onde vale mais a pena investir na renda fixa no segundo semestre. (Imagem: Getty Images)

O primeiro semestre de 2024 foi marcado por incertezas. Se por um lado tivemos uma surpresa positiva quanto ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre do ano, do outro, o Banco Central optou por pausar os cortes da Selic.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a equipe manteve os juros no atual patamar de 10,50%. A justificativa está pautada no aumento das incertezas do mercado quanto ao cumprimento de metas fiscais pelo governo e por um mercado de trabalho ainda aquecido, já que este pode dar um viés altista para inflação ao longo do ano.

Além dos gatilhos internos, o cenário internacional também pesa nas expectativas dos agentes, principalmente por conta dos “juros altos por mais tempo” nos Estados Unidos, que corrobora para o ganho de força do dólar ante o real e, consequentemente, o aumento dos preços e da inflação.

“Neste ambiente, continuamos sobrealocados em renda fixa, comprados no pacote ‘risco-Brasil’, mas com menor ímpeto em decorrência do ambiente mais incerto sobre o ciclo de juros nos EUA, sobretudo por entendermos que esse fator pode implicar mudanças nas alocações estruturais entre as classes de ativos”, afirma o BTG Pactual em seu relatório semestral.

Entre os títulos públicos, o banco vê oportunidade para os títulos prefixados dos vértices de janeiro de 2026, pois a curva de juros está precificando, atualmente, um ciclo de alta de juros em 2025, que a equipe avalia estar longe. Para eles, é possível um corte nos juros americanos ainda este ano e um comando menos duro no Banco Central.

Já os ativos atrelados a IPCA+, o BTG ainda enxerga espaços para alocação em razão dos elevados prêmios nas taxas de juros reais que, na avaliação, seguem distantes do considerado “normal” para a economia do Brasil.

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Outros vértices da curva também chamam atenção devido ao achatamento da curva de juros, principalmente por entenderem que há uma possível redução das taxas de juros nos EUA e a uma percepção de melhora na política fiscal no Brasil. Mesmo que a situação fiscal piore, em ambas as situações, as taxas atuais ainda oferecem proteção e atratividade.

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