Comprar ou vender?

Pós-fixados, prefixados ou inflação: Onde investir em renda fixa em julho?

07 jul 2022, 16:37 - atualizado em 07 jul 2022, 16:37
Renda Fixa, Selic, Juros DI
“Novo cenário para os juros trouxe novas implicações ao elevar ao posto de principal tema, a recessão”, diz analista (Imagem: Freepik)

Apesar das recentes desvalorizações dos títulos de renda fixa com prazos médio longos, as incertezas  no cenário global continuam a apontar para taxas de juros mais elevadas, afirma o Itaú BBA ao indicar um cenário favorável para ativos pós-fixados.

“Instrumentos que nos guiavam nos mercados em outros tempos apresentam sinais pouco claros agora e
sugerem paciência. Antecipar o cenário neste momento continua sendo mais um exercício de fé do que ciência, motivo pelo qual seguimos conservadores nas alocações”, reitera o analista Lucas Queiroz.

Para o mês de julho, no Tesouro Direto, Queiroz recomenda a compra dos títulos Tesouro Selic 2025, Tesouro IPCA+ 2026 e Tesouro Prefixado 2025, em busca de mais definições para que deixe de privilegiar o risco em prol das expectativas de retorno.

Onde investir em julho?

Para os ativos pósfixados, o analista segue otimista. “O Copom voltou a elevar a taxa Selic na reunião de junho, atingindo 13,25% ao ano e não fechando a porta para novas altas. Esperamos mais 0,5 ponto percentual na reunião de 03 de agosto”, afirma.

Queiroz ressalta que as difíceis discussões no lado fiscal e a pressão na moeda podem dificultar a missão do Banco Central de promover redução no nível da taxa em um futuro próximo, fazendo com que esta classe propicie liquidez para aguardar o desenrolar do cenário e elevada rentabilidade, “binômio que não pode deixar de ser desfrutado pelo investidor”.

Já em relação aos prefixados, embora com taxas em níveis elevados, a falta de clareza sobre qual cenário vem à frente continua impedindo alocação mais robusta em ativos como esse.

“Preferimos posições pequenas e concentradas na parte curta da curva de juros, se destacando aqui o vértice de Jan/24. Entendemos que essa é a forma mais segura de obter retornos acima dos pósfixados em um cenário de arrefecimento da inflação doméstica”, recomenda o analista.

Por fim, Queiroz destaca que a posição técnica dos títulos IPCA+ ficou comprometida nas últimas semanas, após as medidas de redução de impostos que vêm sendo implementadas.

“Atravessaremos período conturbado nesta classe, com baixo carrego de inflação — eventualmente negativo nas próximas semanas — e riscos políticofiscais que pressionam as taxas reais de juros”, alerta.

O analista entende que o vértice de 2026 é o melhor lugar para estar na curva de NTNBs, oferecendo distanciamento suficiente para não ter dinâmica integralmente indexada à trajetória do carrego de inflação e prazo não tão longo, “minimizando riscos em um cenário como o atual”.

O cenário para a renda fixa

Nos Estados Unidos, as surpresas mês a mês com as leituras de inflação fizeram o mercado e até
o Federal Reserve (Fed) ir pouco a pouco alterando as perspectivas para a política monetária.

As precificações para as Fed Funds (equivalente americano à taxa Selic o Brasil) ao final de 2022 evoluíram em três etapas passando de uma expectativa de 0,7% ao ano no início de janeiro para número já mais próximo a 3,5% ao ano ao final de junho.

“Essa dinâmica foi acarretando em revisões no preço dos ativos, sendo uma das responsáveis pelas quedas observadas nos mercados ao longo do ano. Contudo, desta vez o novo cenário para os juros trouxe novas implicações ao elevar ao posto de principal tema, a recessão”, afirma o analista.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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