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Portuguesa EDP vende hidrelétricas por US$ 2,4 bi a consórcio liderado pela Engie

19 dez 2019, 21:16 - atualizado em 19 dez 2019, 21:16
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O acordo deve fortalecer os cofres da EDP em um momento em que a empresa enfrenta um impacto em seus lucros, diante do avanço do país em direção a fontes de energia mais limpas (Imagem: REUTERS/Eloy Alonso)

A elétrica portuguesa EDP anunciou nesta quinta-feira que chegou a um acordo multibilionário para vender seis usinas hidrelétricas na bacia do rio Douro a um consórcio liderado pela francesa Engie (EGIE3).

O acordo deve fortalecer os cofres da EDP em um momento em que a empresa enfrenta um impacto em seus lucros, diante do avanço do país em direção a fontes de energia mais limpas.

Portugal foi o primeiro país a se comprometer com a neutralidade de carbono até 2050, tendo afirmado que todas usinas a carvão devem ser fechadas até 2023.

Isso, junto com fatores como preços mais baixos do gás, terá impacto de 300 milhões de euros no lucro líquido da EDP em 2019, além de mais 200 milhões em 2020, disse a empresa nesta quinta-feira.

“A aceleração do processo de transição energética ao longo do último ano levou a uma deterioração material das perspectivas operacionais das usinas a carvão no mercado ibérico”, disse a companhia.

O consórcio comprador inclui a Engie, com fatia de 40%, o Credit Agricole Assurances e o Mirova-Natixis Group. (Imagem: Unsplash/@manpritkalsi)

A EDP afirmou que o negócio de 2,2 bilhões de euros (2,4 bilhões de dólares) para a venda das hidrelétricas deve ser concluído até o segundo semestre de 2020.

O consórcio comprador inclui a Engie, com fatia de 40%, o Credit Agricole Assurances e o Mirova-Natixis Group.

“Essa transação visa otimizar nosso portfólio, diminuindo nossa exposição à volatilidade concentrada das hidrelétricas e seus preços de comercialização, reforçando o baixo perfil de risco e melhorando a alavancagem financeira”, disse a EDP em comunicado.

A presidente-executiva da Engie, Isabelle Kocher, disse a jornalistas que o negócio ajudará a empresa a superar sua meta de adicionar 9 gigawatts (GW) de capacidade de geração renovável no período entre 2019 e 2021, além de permitir um avanço no fornecimento de energia limpa a clientes corporativos.

A Engie disse que a aquisição terá um impacto de 650 milhões de euros em sua dívida líquida.

A EDP ainda seguirá com a liderança em capacidade de geração hidrelétrica em Portugal, com 5,1 gigawatts em capacidade.