Porto Seguro: consolidação pode ser gatilho para melhor performance no futuro, diz BTG
Os resultados operacionais da Porto Seguro (PSSA3) vieram tímidos na visão do BTG Pactual (BPAC11), que afirmou estar mais alerta em relação às estimativas para o próximo ano.
“Com um Selic bem mais baixo e um cenário ainda desafiador para o crescimento do segmento automotivo premium, não será fácil aumentar os ganhos”, avaliaram os analistas Eduardo Rosman, Thomas Peredo e Thiago Kapulskis. “Iniciativas de corte de custo precisam continuar a um ritmo rápido”.
Como fator positivo do período, o banco destacou o controle de custos, que apresentou redução de 3% das despesas totais. Ainda assim, não é o bastante para carregar toda a companhia.
O BTG relembrou que Marcelo Picanço, diretor geral de Seguros e Investimentos da Porto Seguro, mencionou, durante um encontro com os analistas, a insatisfação da empresa com o ritmo de crescimento apresentado neste ano. A expectativa, no entanto, é de melhorar a performance mais para frente.
“Ao passo que ele [Picanço] espera uma melhor performance no futuro e uma consolidação no mercado com a venda da unidade de automóveis da SulAmérica (SULA11) para a Allianz, o executivo destacou a importância de aprimorar a eficiência operacional, o que será vital dentro de um segmento onde a maior parte dos players não possui bons retornos”, analisou o BTG.
O banco reiterou sua recomendação neutra para as ações da Porto Seguro mesmo com performance abaixo do mercado no ano. O preço-alvo estipulado é de R$ 60.