Porto (PSSA3): BofA eleva recomendação e preço-alvo para as ações; veja os motivos
De olho no crescimento acelerado em vários segmentos da companhia, o Bank of America (BofA) elevou a recomendação de neutra para compra para as ações de Porto (PSSA3), antiga Porto Seguro.
O banco também revisou para cima o preço-alvo da empresa de seguros, de R$ 33 para R$ 43 — o que representa um potencial de valorização de 20,1% em relação ao preço de fechamento da última quinta-feira (19).
Os analistas também veem potencial de 6% de dividend yield (rendimento do dividendo).
Segundo o banco, a ‘nova’ recomendação e preço-alvo incorpora tendências “mais saudáveis” do que o esperado em seguros de automóveis e de saúde, assim como um cenário de taxa de juros, a Selic, mais alta.
Nesta sexta-feira (20), as ações de Porto operam voláteis, em meio a ajustes de posições na bolsa. PPSA3 fechou em queda de 0,08%, a R$ 35,57. Acompanhe o Tempo Real.
Os motivos para comprar Porto
Para a revisão positiva, os analistas do BofA avaliaram os segmentos do negócio: automóveis, saúde, bancos e serviços — considerados essenciais para dar suporte ao crescimento e ao ROE (retorno sobre o patrimônio líquido).
No setor de automóveis, o banco espera que o prêmio do seguro acelere, enquanto a taxa de sinistralidade tende a se normalizar permanecendo abaixo da média histórica de aproximadamente 60% nos próximos dois anos.
Já os prêmios de seguro de saúde estão se expandindo cerca de 50% no acumulado do ano, com reflexo na rede de corretores de seguros do Porto — agora 20% acima da projeção do BofA no início do ano.
Enquanto isso, as receitas bancárias estão crescendo cerca 25% desde janeiro, à medida que a empresa tem visto um crescimento de seu portfólio de cartão de crédito, “focado em clientes de alta qualidade e vendas cruzadas”.
Com base nos números, os analistas do banco esperam que um crescimento no lucro por ação (EPS, na sigla em inglês) de dois dígitos em 2025 e 2026.
O lucro líquido também deve crescer 14% no próximo ano para R$ 3 bilhões. Para 2026, a estimativa é de aumento de 12%, a R$ 3,3 bilhões.
“Embora os lucros do negócio principal (automóvel, P&C [propriedades e acidentes] e seguro de vida) devam permanecer relativamente estáveis, esperamos que o lucro líquido do grupo seja apoiado pelos outros setores verticais de negócios, que combinados devem crescer 35%”, escrevem Mario Pierry e Antonio Ruette em relatório.