Porto de Santos está “na boca” para privatização, diz Tarcísio
O Porto de Santos está “na boca” para privatização, disse o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante evento XP Agro, a despeito de algumas resistências do governo federal para o processo.
Segundo ele, um porto privatizado poderá ampliar investimentos, o que aumentaria a oferta de transporte, “que foi o que pautou nossa atividade no Ministério (de Infraestrutura)”.
Ele destacou que está fazendo um “trabalho de convencimento” junto ao governo federal para que o porto de Santos possa ser privatizado.
“Está pronto (o processo para a privatização), vai ser um espetáculo”, disse ele, ressaltando que a privatização geraria empregos e atrairia investimentos.
Ele disse que sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora será republicana e disse que agora é “sócio” do petista, apesar de ser aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro.
O ex-ministro disse que a privatização do setor portuário “é passo definitivo para a eficiência”, inclusive para o segmento do agronegócio, que depende da logística para escoar mercadorias.
Ele disse que, como governador, quer “despertar a vocação ferroviária no Estado de São Paulo”.
“Tem que trazer os trens de volta e aproveitar o potencial hidroviário, que hoje está adormecido”, completou.
No plano nacional, ele reiterou sua defesa para a construção da Ferrogrão no Centro-Oeste.
Caso contrário, “vamos discutir invariavelmente a duplicação da BR-163”, disse ele, em referência à importante rodovia para o transporte de grãos de Mato Grosso.
Sabesp
Ao ser questionado, o governador disse que é difícil estabelecer um prazo para a privatização da Sabesp, mas falou em dois anos para “estruturação” do processo.
Ele afirmou que em 14 de fevereiro haverá a primeira reunião do conselho do PPI, na qual será realizada a qualificação dos projetos que serão privatizados no Estado.
“Estamos nas tratativas para contratar o estruturador, que no caso da Sabesp deve ser o IFC, vamos trabalhar ainda com o Banco Mundial, a partir daí é ver o desenrolar do estudo…”, disse ele, acrescentando que são necessárias também negociações com prefeitos e a Assembleia Legislativa.
(Atualizada às 11:20)