Fusões e Aquisições

Por R$ 2,7 bilhões, Vale (VALE3) compra fatia de 45% da Cemig (CMIG4) na Aliança Energia

27 mar 2024, 19:27 - atualizado em 27 mar 2024, 19:27
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Vale e Cemig assinam contrato bilionário; mineradora passará a deter 100% da Aliança Energia (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

A Vale (VALE3) acertou com a Cemig (CMIG4) um contrato para comprar a participação de 45% da Cemig GT na Aliança Energia, de acordo com fato relevante divulgado nesta quarta-feira (27).

Na condição de sócia no empreendimento e considerando que a Vale utiliza, atualmente, a maior parte da energia gerada pela Aliança Energia, a mineradora optou por exercer seu direito preferencial de aquisição.

A operação é avaliada em R$ 2,7 bilhões. Após a conclusão, que está sujeita a condições precedentes usuais, incluindo a anuência de órgãos competentes, a Vale passará a deter 100% do capital do ativo e começará a buscar potenciais parceiros para a plataforma, “mantendo seu compromisso com a descarbonização de suas operações a partir de fontes renováveis e com custos competitivos”.

“O volume de geração da Aliança Energia é estratégico na manutenção da matriz energética baseada em fontes renováveis da Vale no Brasil”, reforçou a mineradora.

Segundo a Cemig, do valor da operação (atualizado pelo CDI), serão abatidos dividendos e juros sobre o capital próprio (JCP) distribuídos ou aprovados até o fechamento da operação.

Adicionalmente, a Cemig GT fará jus a um valor adicional, correspondente a 45% dos valores das indenizações futuras que porventura sejam recebidas pela Aliança, relativo aos prejuízos advindos do evento relacionado à ruptura da barragem de rejeitos do Fundão (desastre de Mariana) envolvendo a Usina Hidrelétrica Risoleta Neves (Candonga), cujo valor de referência para fins do contrato é de R$ 223 milhões, também atualizado pelo CDI.

A Aliança é composta por sete usinas hidrelétricas no estado de Minas Gerais, dois complexos eólicos em operação no estado do Rio Grande do Norte e um complexo eólico em fase final de implantação no estado do Ceará. Juntos, esses ativos alcançam 1.438 MW em capacidade instalada e 755 MW médios de garantia física.