Por que Vale (VALE3) é a melhor pagadora de dividendos pelo 5º mês, segundo 22 analistas?
Para setembro, a Vale (VALE3) foi, pelo quinto mês consecutivo, a ação mais recomendada pelos analistas do mercado no quesito de dividendos.
As ações da mineradora receberam 11 indicações nas carteiras recomendadas mensais, segundo levantamento realizado pelo Money Times com 22 corretoras.
O segundo lugar do ranking é divido por Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITUB4), que receberam nove indicações cada.
Fechando o pódio, o terceiro lugar fica com Alupar (ALUP11), EDP Brasil (ENBR3) e Petrobras (PETR3; PETR4), com oito recomendações.
Por que Vale mais uma vez?
Embora exista uma revisão baixista do guidance de produção de minério de ferro feita pela Vale, que pode manter seu desconto de valuation para os pares globais, os analistas do Santander continuam enxergando um ponto de entrada atraente para a tese da commodity alto por mais tempo.
De acordo com o banco, a melhora na demanda chinesa a partir do segundo semestre de 2022 e um crescimento fraco da oferta nos próximos anos sustentam a tese da Vale.
Após recente solavanco internacional do minério de ferro, a commodity negociada na China voltou a subir em agosto. “Mantemos nossa visão positiva sobre os preços a médio prazo, pois nossa tese é orientada pela oferta, uma vez que os persistentes desafios de suprimento devem sustentar os preços do minério de ferro acima de US$ 100/t por mais tempo”, afirmam.
Sobre a Vale, os analistas destacam que companhia está executando um programa de recompra de 500 milhões de ações, e que seu conselho de administração aprovou um dividendo e juros sobre capital próprio (JCP) de US$ 3 bilhões, ou 5% de rendimento, com base nos resultados do primeiro semestre.
Por fim, o Santander afirma que a redução significativa na produção de aço chinesa e o aumento de passivos relativos ao rompimento da barragem de Brumadinho são os maiores riscos para a Vale.
Além disso, os analistas alertam sobre a rápida valorização do real, a queda nos preços do níquel e cobre, e as adições inesperadas de capacidade pelos concorrentes.
A ação é a favorita (top pick) dos analistas do banco no setor de siderurgia e mineração.
De olho nos dividendos de Banco do Brasil e Itaú
Na análise da Terra Investimentos, o Banco do Brasil vem apresentando forte crescimento de crédito — especialmente no crédito rural e em segmentos para pessoas físicas — e boa qualidade da carteira.
A corretora acredita que o banco está pronto para apresentar números fortes em 2022, se colocando em um grande desconto em relação aos seus pares, e garantindo um retorno interessante em termos de dividendos para o acionista.
Atualmente, o BB é negociado a 5 vezes Preço/Lucro (P/L) contra a média dos pares brasileiros de 9 vezes. O preço-alvo da ação é de R$ 45,00, de acordo com a Terra, e o rendimento (dividend yield) é de 8,26%.
Já em relação ao Itaú, o PagBank destaca que o banco tem um excelente histórico de lucratividade. A empresa divulgou resultados “sólidos e positivos” no segundo trimestre, apresentando crescimento na carteira de crédito, na margem financeira e no lucro líquido.
O banco expandiu sua carteira voltada para a pessoa física, com destaque para o crescimento no cartão de crédito, que possui margens melhores.
Os analistas também ressaltam que, apesar do aumento na inadimplência no período, causada pela maior exposição ao crédito para pessoa física, o Itaú segue bastante conservador e capitalizado, sendo uma “ótima opção de ativo para trafegar na maré de incerteza econômica, fiscal e política do mês”.
Veja as ações mais recomendadas para setembro no quesito de dividendos:
Empresa | Código | Indicações |
---|---|---|
Vale | VALE3 | 11 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 9 |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 9 |
Alupar | ALUP11 | 8 |
EDP Brasil | ENBR3 | 8 |
Petrobras | PETR3; PETR4 | 8 |
BB Seguridade | BBSE3 | 7 |
Engie Brasil | ENGIE3 | 6 |
CPFL | CPFE3 | 6 |
TOTAL | 72 |
Veja as outras indicações feitas no mês:
Empresas | Indicações |
---|---|
Vivo, Bradesco, Itaúsa, Taesa, Tim, Vibra, Eletrobras | 5 cada |
Copel, Energisa | 4 cada |
Minerva, Transmissão Paulista, Gerdau, B3, Klabin | 3 cada |
Cemig, JBS, Cosan, Brasil Agro, Hypera, Porto Seguro, Bradespar, Copasa, Unipar, Ambev, Cyrela | 2 cada |
Kepler Weber, ABC Brasil, Auren, CCR, Coca-Cola, Sabesp, BTG Pactual, Marfrig, SLC Agrícola, Ferbasa, Dexco, Equatorial, Odontoprev, SulAmérica, Aura Minerals, Wilson Sons, Eneva, Intelbras, JHSF, Taurus | 1 cada |
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições. Para setembro, foram indicadas 54 ações, somando 172 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora, Ativa, BB Investimentos, BTG Pactual, Nu Invest, Elite, Eleven, Empiricus, Genial, Guide, Itaú BBA, Mirae Asset, Nova Futura, Órama, PagBank, Planner, Banco Safra, Santander, Vitreo, Terra, Warren.
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