Por que temos juros tão altos: uma resposta econométrica
Por Vitor Wilher para Análise Macro
Na Edição 60 do Clube do Código, construímos um modelo simples que explica a trajetória do spread bancário no Brasil. O spread é a diferença entre as taxas de captação e de empréstimo bancário, que é sistematicamente mais elevado no país do que a evidência internacional. De modo a entender essa anomalia, utilizamos como variáveis explicativas para o spread as provisões dos bancos, compulsórios bancários, taxa de inadimplência, taxa Selic e taxa de desemprego. Abaixo o ajuste do modelo.
O modelo que construímos tem um R^2 de 0,96, o que significa que o mesmo consegue explicar 96% da variação na nossa variável de interesse. Abaixo, colocamos uma tabela que resume os resultados encontrados.
Quer concorrer a R$ 300? Responda esta pesquisa sobre investimentos em 2 minutos
Dependent variable: | |
spread | |
provisoes | 1.232** |
(0.512) | |
compulsorio | 0.007** |
(0.003) | |
inadimplencia | 1.338*** |
(0.386) | |
selic | 0.559*** |
(0.030) | |
desemprego | 0.559*** |
(0.115) | |
Constant | -7.509*** |
(1.426) | |
Observations | 84 |
R2 | 0.962 |
Adjusted R2 | 0.960 |
Note: | *p<0.1; **p<0.05; ***p<0.01 |
Exclusivo: O segredo para ganhar com Petrobras em qualquer cenário
Como se depreende da tabela, todas as variáveis foram estatisticamente significativas para explicar o spread bancário. Em particular, os resultados encontrados sugerem que um aumento de 1 p.p. na taxa de inadimplência faz o spread bancário aumentar em 1,33 p.p.