Comprar ou vender?

Por que Santander vê esta ação ‘queridinha’ derretendo 40%?

19 jul 2024, 13:09 - atualizado em 19 jul 2024, 13:14
Nubank
O banco tem recomendação underperform, equivalente à venda, com preço-alvo para os papéis negociados em Nova York (Imagem: Rafael Borges/ Money Times)

O Nubank (NU) é o grande destaque de 2024, com uma alta de 64%, em um revigorado rali que começou em outubro de 2023. De lá para cá, a ação disparou 95%. Além do alívio dos juros, os resultados do roxinho bateram as expectativas. Porém, para o Santander, a ação está cara.

O banco tem recomendação underperform, equivalente à venda, com preço-alvo para os papéis negociados em Nova York de US$ 8, o que representa um potencial de queda de 40% ante o fechamento da véspera.

De acordo com os analistas Henrique Navarro, Arnon Shiraz e Anahy Rios, que assinam o relatório, o papel negocia em alta avaliação, com preço sobre lucro (P/L) de 38 vezes e 7,7 vezes o valor de mercado sobre o patrimônio líquido (P/BV).

Segundo o trio, esses indicadores estão sendo influenciados pela expectativa dos investidores de que as ações da NU serão adicionadas ao índice MSCI em agosto de 2024. Não custa lembrar que o MSCI, organizado pelo Morgan Stanley, é acompanhado de perto por investidores e fundos internacionais.

O que esperar do resultado do Nubank?

Para o segundo trimestre, o Santander explica que os resultados provavelmente se concentrarão em tópicos importantes, como:

  1. a reação do Nubank à deterioração da qualidade dos ativos — dados recentes dos reguladores do Brasil indicam uma deterioração significativa em abril;
  2. evolução do produto crédito consignado no Brasil; e
  3. lançamento inicial de produtos no México e na Colômbia.

O Santander espera lucro líquido de US$ 416 milhões para a fitech, alta de 10% no trimestre.

Já os empréstimos devem crescer 50% no ano, impulsionados por cartões e empréstimos pessoais. Por outro lado, a NPL, os empréstimos bancários que não foram pagos pelos seus clientes, deverá subir, resultando numa elevação de 17% no trimestre nas despesas de provisionamento.

“Esperamos que o Nubank experimente uma deterioração contínua na qualidade dos ativos por mais um trimestre, com inadimplência acima de 90 dias atingindo 6,5%. Prevê-se também que as provisões aumentem, ultrapassando a expansão da carteira”, destaca.

Do outro lado, o banco prevê aumento de 13% em relação ao trimestre anterior na receita de juros, impulsionado por uma base maior de ativos que rendem juros.

“Espera-se que a receita de taxas cresça junto com os volumes de compras com cartão”, destaca.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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