Por que Santander vê esta ação ‘queridinha’ derretendo 40%?
O Nubank (NU) é o grande destaque de 2024, com uma alta de 64%, em um revigorado rali que começou em outubro de 2023. De lá para cá, a ação disparou 95%. Além do alívio dos juros, os resultados do roxinho bateram as expectativas. Porém, para o Santander, a ação está cara.
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O banco tem recomendação underperform, equivalente à venda, com preço-alvo para os papéis negociados em Nova York de US$ 8, o que representa um potencial de queda de 40% ante o fechamento da véspera.
De acordo com os analistas Henrique Navarro, Arnon Shiraz e Anahy Rios, que assinam o relatório, o papel negocia em alta avaliação, com preço sobre lucro (P/L) de 38 vezes e 7,7 vezes o valor de mercado sobre o patrimônio líquido (P/BV).
Segundo o trio, esses indicadores estão sendo influenciados pela expectativa dos investidores de que as ações da NU serão adicionadas ao índice MSCI em agosto de 2024. Não custa lembrar que o MSCI, organizado pelo Morgan Stanley, é acompanhado de perto por investidores e fundos internacionais.
O que esperar do resultado do Nubank?
Para o segundo trimestre, o Santander explica que os resultados provavelmente se concentrarão em tópicos importantes, como:
- a reação do Nubank à deterioração da qualidade dos ativos — dados recentes dos reguladores do Brasil indicam uma deterioração significativa em abril;
- evolução do produto crédito consignado no Brasil; e
- lançamento inicial de produtos no México e na Colômbia.
O Santander espera lucro líquido de US$ 416 milhões para a fitech, alta de 10% no trimestre.
Já os empréstimos devem crescer 50% no ano, impulsionados por cartões e empréstimos pessoais. Por outro lado, a NPL, os empréstimos bancários que não foram pagos pelos seus clientes, deverá subir, resultando numa elevação de 17% no trimestre nas despesas de provisionamento.
“Esperamos que o Nubank experimente uma deterioração contínua na qualidade dos ativos por mais um trimestre, com inadimplência acima de 90 dias atingindo 6,5%. Prevê-se também que as provisões aumentem, ultrapassando a expansão da carteira”, destaca.
Do outro lado, o banco prevê aumento de 13% em relação ao trimestre anterior na receita de juros, impulsionado por uma base maior de ativos que rendem juros.
“Espera-se que a receita de taxas cresça junto com os volumes de compras com cartão”, destaca.