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Por que petrolíferas caem em bloco no pregão desta quarta (5)? Petrobras (PETR3;PETR4) recua mais de 4%

05 mar 2025, 15:37 - atualizado em 05 mar 2025, 18:44
Petrobras Petro PETR4 Dividendos Ações
(Imagem: iStock.com/Fabiolm)

As petrolíferas presentes no Ibovespa (IBOV) caem em bloco no pregão desta quarta-feira (5), que iniciou às 13h em dia de retorno do feriado de Carnaval. Em meio a baixa liquidez, a queda do petróleo está por trás do desempenho das companhias.

Na sessão, a Petrobras chegou a cair mais de 4%. PETR3 terminou a sessão com baixa de 4,61%, a R$ 37,25, enquanto PETR4 caiu 3,65%, a R$ 34,62. Acompanhe o tempo real.

Apenas na primeira hora do pregão, a estatal perdeu cerca de R$ 18 bilhões em valor de mercado. Agora, a petroleira vale R$ 473,6 bilhões, no menor patamar desde junho de 2024.



Apesar disso, a blue chip (ação com grande liquidez na Bolsa) não puxa o Ibovespa para baixo: o índice encerrou o dia com alta de 0,20%, a 123.046,85 pontos.

Os papéis da Brava Energia (BRAV3) lideraram as maiores perdas do dia, com recuo superior a 8%. PetroReconcâvo (RECV3) caiu mais de 3%, Prio (PRIO3) registrou baixa de 2,10% e Vibra Energia (VBBR3) teve queda de 3,64%.

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Petróleo recua sob peso de guerra comercial

O desempenho do petróleo no mercado internacional puxa as ações para baixo nesta quarta, em meio às incertezas sobre a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O contrato mais líquido do Brent, para maio, caiu 2,44%, a US$ 69,30 o barril. 



A queda desta quarta marca o terceiro dia seguido de recuo, com os planos da Opep+ de prosseguir com os aumentos de produção em abril, e às tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Canadá, China e México, que aumentaram as tensões comerciais, no radar do mercado.

“A imposição de tarifas sobre China, Canadá e México pelos EUA provocou represálias rápidas de cada país, o que aumentou as preocupações com a desaceleração do crescimento econômico e o consequente impacto sobre a demanda de energia”, diz Ashley Kelty, analista da Panmure Liberum.

“Há uma certa preocupação no mercado de que a decisão da Opep+ seja o início de uma série de mais acréscimos mensais de oferta, mas a declaração da Opep+ reitera uma abordagem de trazer de volta os barris somente se o mercado puder absorvê-los”, pondera o analista do UBS Giovanni Staunovo.

*Com informações da Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.