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Por que Petrobras (PETR4) sobe, na contramão do Ibovespa? Novela com Ibama ganha mais um capítulo

24 maio 2023, 12:18 - atualizado em 24 maio 2023, 12:18
Petrobras, carteira, ações
Ações da Petrobras operam em alta nesta quarta-feira (24), na contramão do Ibovespa (Imagem: Bloomberg)

As ações da Petrobras avançam no pregão desta quarta-feira (24), após a novela com o Ibama ganhar mais um capítulo. Por volta das 11h55, os papéis ordinários da estatal, PETR3, subiam 1,02%, a R$ 29,75, enquanto os preferenciais, PETR4, avançavam 1,18%, a R$ 26,56.

Mais cedo, a petroleira anunciou que vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido para que o Ibama reconsidere a licença para perfurar um poço exploratório no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá, na Foz do Rio Amazonas.

A Petrobras defende que atendeu dos requisitos previstos na legislação de referência ao processo de licitação do bloco FZA-M-059. Além disso, ela diz ter cumprido todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para o projeto.

As ações da estatal também acompanham a cotação do petróleo, que opera em alta hoje. Às 10h35, a commodity do tipo WTI (referência nos Estados Unidos) valorizava 2,29%, a US$ 74,58. Já o petróleo Brent (referência nos mercados europeu e asiático) subia 2,16%, cotado a US$ 78,50.

Em contrapartida, os papéis da petroleira vão na contramão do Ibovespa (IBOV), que, por sua vez, recuava 0,60%, valendo 109.268 pontos.

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O que Petrobras ganharia com licença?

Apesar do plano exploratório da Petrobras ainda estar em fases de estudo, a Matriz Equatorial é estratégica para a estatal e pode dar trazer grande vantagem competitiva no setor petrolífero, que caminha para o movimento global de transição energética.

A partir de descobertas recentes, a Margem Equatorial passou a ser vista como uma área de importante potencial para a exploração de petróleo, de acordo com a Petrobras.

Na avaliação de Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, a Margem Equatorial tem boas chances de agregar reservas importantes e capacidade de produção para a Petrobras no futuro.