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Por que os preços do boi gordo voltaram a cair? ‘Os fundamentos para 2025 não mudaram’

06 dez 2024, 10:23 - atualizado em 06 dez 2024, 10:35
boi gordo abates
(iStock.com/alffoto)

Os preços do boi gordo recuam 7,97% na parcial de dezembro até ontem (5), de acordo com o indicador Cepea/B3. No mês passado, o indicador do animal teve uma alta de 10,47%.

Segundo Hyberville Neto, analista da HN Agro, a queda está atrelada ao recuo dos preços futuros no mercado futuro do boi (B3).

Apesar de não haver grandes mudanças no atacado, com uma leve queda nos preços, os frigoríficos pressionaram os valores, o que fez as cotações caírem.

“Mesmo os preços futuros sendo derivados do mercado físico e não o inverso, quando os produtores viram aquela movimentação forte de queda nos futuros, quem tinha gado e ia segurar mais um pouco e poderia vender depois, optou por negociar, o que trouxe tranquilidade para indústria de maneira relativamente rápida”, explica.

Fora essa questão, os frigoríficos devem reduzir seus abates a partir de segunda semana de dezembro, o que pressiona os valores no curto prazo.

Mercado do boi gordo deve conviver com menor oferta em 2025

Para 2025, Neto ressalta que o cenário não muda os fundamentos de preços, com a expectativa de uma menor oferta de animais, com a retenção de fêmeas.

“A tendência é de uma menor compra de gado na segunda quinzena de dezembro, apesar do consumo na ponta final ser bom nesse período de festas. Apesar do bom consumo, a venda de gado costuma ser lenta nesse período, e isso pode amenizar o efeito de redução dos abates do ponto de vista de tranquilidade para a indústria. Com isso, os frigoríficos podem ter menores escalas menores em janeiro, já que a venda de gado pode ser pequena no fim de 2024, ainda mais quando consideramos que o Natal e Ano Novo caem no meio da semana. As escalas mais enxutas em janeiro podem amenizar um consumo mais lento passada as festas”.

Além disso, há expectativa para bons volumes de exportações no próximo ano. “Talvez até o próximo final de safra (entre março e maio) seja de preços mais firmes do que na média, o que costuma acontecer em anos de retenção de fêmeas também, com a maior concentração de abates de fêmeas. Com isso, se nesses meses a gente tiver retenção de fêmeas, isso também costuma deixar o final de safra um pouco menos pressionado”. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024, ficou entre os 80 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
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