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Por que controladores da Kora Saúde (KSRA3) propõem saída voluntária do Novo Mercado?

05 maio 2024, 17:17 - atualizado em 05 maio 2024, 17:17
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Controladores da Kora Saúde propõem saída voluntária do Novo Mercado (Imagem: Facebook/Kora Saúde)

A Kora Saúde (KSRA3) comunicou neste domingo (5) que seus acionistas controladores solicitaram a convocação de uma assembleia geral extraordinária para votar a saída voluntária da companhia do Novo Mercado, segmento especial de listagem da B3. O pedido dispensa da realização de oferta pública de aquisição de ações (OPA).

Com isso, a Kora migraria para o segmento básico de listagem da bolsa de valores brasileira.

O pedido de assembleia incluiu também a deliberação de uma reforma e consolidação do estatuto social da companhia, sujeita à aprovação da saída do Novo Mercado.

Na carta, os acionistas da Kora afirmam que, como outras companhias do setor, vem enfrentando um cenário difícil ao longo dos últimos anos, agravado pela crise financeira dos planos de saúde e da taxa elevada de juros no Brasil. “Devido à alavancagem atual da companhia, isso tem drenado parte fundamental da geração de caixa que deveria ser destinada à operação”, dizem.

Na avaliação dos controladores, esses desafios foram intensificados e têm pressionado a cotação das ações, que acumulam quedas de 34,62% desde o começo de 2024 e de 74,63% nos últimos 24 meses.

Por que os acionistas querem a Kora Saúde fora do Novo Mercado?

Para os controladores das Kora, a participação no Novo Mercado da B3 “restringe algumas das alternativas disponíveis para o financiamento e a expansão das suas atividades”.

Entre elas estão a possibilidade de captação de recursos por meio da emissão de ações preferenciais e a realização de operações de combinação de negócios com empresas nacionais e estrangeiras que, atualmente, não integram o Novo Mercado.

Além disso, eles mencionam que, desde o IPO, a Kora vem tendo dificuldade em manter o percentual mínimo de ações em circulação (free float) exigido pelo Novo Mercado. “Após mais de uma concessão de dispensa pela B3, atualmente, possui um free float correspondente a 20,291% do capital social, praticamente equivalente ao mínimo permitido para o segmento”, dizem.

“Tal conjuntura também gera embaraços a potencial realização de aumentos de capital privados que dependam da participação do acionista controlador (dado que o não exercício da preferência pelos demais acionistas poderia gerar desenquadramento do free float mínimo), bem como a própria adoção de outras estratégias relevantes de interesse da companhia, como eventual recompra de ações de sua emissão”, completam.

Os acionistas acreditam quem a saída voluntaria contribuirá de forma determinante para a execução das
estratégias de financiamento e crescimento da Kora, além de permitir a redução de custos regulatórios e a simplificação e otimização da estrutura organizacional.

Veja o comunicado

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