Por que o UBS elevou a projeção do PIB brasileiro de 2,2% para 2,8%
Em julho, o índice geral de atividade econômica do Banco Central (IBC-BR) avançou 1,17%, bem acima do consenso de +0,4%, surpreendendo positivamente o mercado. Na comparação com julho de 2021, o indicador também aumentou 3,87%.
Com isso, o UBS BB revisou as suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Para o terceiro trimestre, o banco espera um crescimento da atividade econômica de 0,2% na comparação mensal, ante a expectativa de queda de 1,1%. Já para 2022, a projeção foi elevada de 2,2% para 2,8%.
De acordo com os economistas do banco, o crescimento do Brasil, normalmente, está fortemente relacionado ao desempenho econômico da China e aos preços das commodities. Mas essa relação parece ter diminuído temporariamente.
“O baixo desempenho da economia está se revertendo para o positivo, devido, em grande parte, a uma temporada eleitoral mais calma do que o esperado e ventos contrários nos principais pares”, diz em relatório.
No entanto, para médio e longo prazo, o UBS espera uma desaceleração à frente, como resultado do aperto monetário global. “Este é um processo que está se intensificando e seu efeito sobre a economia deve durar em torno de um ano”, diz.
Para 2023, o banco reduziu a sua estimativa de 1,7% para 1,4%. No entanto, as expectativas do UBS estão acima do consenso do mercado apresentado no Relatório Focus, que aponta para alta de 0,50%.
“Não esperamos grandes mudanças macroeconômicas no próximo governo, apesar do debate sobre as contas públicas. Neste caso, o investimento fixo em relação ao PIB índice deve ficar dentro da média histórica.”
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