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WEG (WEGE3): Por que ‘DeepSeek’ também derruba as ações da companhia brasileira?

27 jan 2025, 12:54 - atualizado em 28 jan 2025, 10:16
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As ações da Weg lideram as perdas do Ibovespa e bateram mínima com baixa de mais de 8% puxada por tombo de Nvidia (Imagem: Adobe Stock/Reprodução - Montagem: Giovanna Figueredo)

Com o tombo das ações de tecnologia em Wall Street, a WEG (WEGE3) acompanhou o tom negativo do setor e figurou como a maior queda do Ibovespa (IBOV) nesta segunda-feira (27) — após seis altas consecutivas. 

WEGE3 registrou baixa de 7,88%, a R$ 53,31. Na mínima do dia, a ação chegou a cair 8,76%. Acompanhe o Tempo Real. 



A realização dos ganhos recentes é puxada pelas notícias envolvendo a startup chinesa DeepSeek — vista como ameaça a hegemonia norte-americana no setor de tecnologia.

Em Wall Street, o índice Nasdaq iniciou as sessão com queda de mais de 3%, com as ações de Nvidia entre as maiores baixas. A gigante de semicondutores perdeu mais de US$ 400 bilhões em valor de mercado na primeira hora de pregão e perderam o posto de empresa mais valiosa do mundo. 

O impacto da DeepSeek no setor de IA — e na WEG

Na semana passada, a DeepSeek lançou um modelo de IA de código aberto que supostamente superou o ChatGPT, da Open AI, em vários testes. O modelo levou apenas dois meses e cerca de US$ 6 milhões para ser construído usando chips de capacidade reduzida da Nvidia, chamados H800s.

Já nesta segunda-feira (27), o AI Assistant, da DeepSeek, ultrapassou o rival ChatGPT e se tornou o aplicativo gratuito mais bem avaliado disponível na App Store, da Apple, nos Estados Unidos.

O lançamento do modelo de IA pela China tem gerado bastante preocupação com empresas de tecnologia dos Estados Unidos e de fabricantes de equipamentos, como Siemens Energy e Schneider, em meio às incertezas sobre gastos necessários com a infraestrutura de IA.

Na avaliação da XP, ainda é cedo para prever que as possíveis mudanças no segmento de IA com o lançamento da startup chinesa marque uma virada no nível de investimento. “Tudo ainda é muito incerto”, diz o relatório enviado a clientes. 

No caso da companhia brasileira WEG, as preocupações dos investidores se concentram no ramo de negócios de Transmissão e Distribuição (T&D) — que é o maior responsável pelo crescimento das receitas da empresa. 

“A princípio, leitura negativa para a WEG, dado que T&D acaba sendo a grande avenida de crescimento da companhia no curto-prazo”, afirmou o analista Lucas Laghi. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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