Por que o brasileiro conta com um apetite fraco para carne suína?
O brasileiro, entre janeiro e junho de 2023, consumiu em média, 18 kg de carne suína, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A título de comparação, o registro foi de 16,9 kg para igual período em 2021, atualizado em dezembro de 2022.
Apesar do avanço, o consumo de carne suína no Brasil ainda é baixo se comparado a outros países e blocos, como China, União Europeia e Estados Unidos, que consomem entre 30 kg e 40 kg per capita por ano.
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Desafios para carne suína
Apesar deste aumento, há desafios para manter esse ritmo de crescimento do setor, entre eles: a instabilidade econômica e social do país, que reduzem o poder de compra da população, persistência de mitos e preconceitos sobre a carne suína, que limitam seu consumo em algumas regiões e segmentos sociais e dependência do mercado externo, que podem afetar os preços e a oferta interna.
Por outro lado, existem algumas razões que explicam esse ligeiro acréscimo de 6,51% no consumo entre 2021 e 2022, que são:
- Maior produtividade nas granjas, tornando a carne suína mais competitiva em preço e qualidade.
- Busca por diversificação na alimentação, especialmente em tempos de pandemia e restrições sanitárias.
- A informação aos consumidores e profissionais de saúde sobre os benefícios nutricionais da carne suína, que conta com baixo teor de gordura saturada e colesterol e é rica em proteínas, vitaminas e minerais.
- A melhoria na apresentação dos cortes e na variedade de produtos derivados da carne suína, que ampliam as possibilidades de consumo e agregam valor ao produto.
De fato, é possível concluir que o brasileiro conta com um fraco apetite para carne suína por uma combinação de fatores históricos, culturais, econômicos e sanitários.
Mas apesar disso, esse cenário vem mudando gradualmente graças ao trabalho do setor produtivo e à conscientização dos consumidores.