Por que mercados globais fogem de ações nesta segunda-feira (20)
Os mercados globais operavam em queda livre nesta segunda-feira (20), com investidores digerindo a compra forçada do Credit Suisse pelo UBS, um movimento orquestrado pelo governo da Suíça na tentativa de estancar uma crise bancária global.
A fusão entre os dois bancos suíços rivais deve movimentar US$ 3,2 bilhões, quantia três vezes maior do que a oferta inicial. Segundo o Banco Nacional da Suíça, a operação ainda contará com uma linha de liquidez de 100 bilhões de francos suíços ao UBS, como parte do acordo.
No entanto, as ações e demais ativos reagiram mal ao anúncio. Nos EUA, o S&P 500 e o Dow Jones caíam 0,09% e 0,18%, respectivamente, no pré-market. O Nasdaq, a bolsa de tecnologia, tinha ligeira alta 0,04% no mesmo instante.
Paralelamente, o Ibovespa em dólar (EWZ) cedia 0,38% a US$ 26,28 no pré-market em Nova York, o que pode sinalizar uma abertura negativa da B3 às 10h (horário de Brasília).
Mercados globais em queda
As bolsas de valores situadas na Ásia fecharam em forte queda nesta segunda-feira, sem que a compra do Credit Suisse pelo UBS gerasse confiança entre investidores.
Os destaques na região foram Hong Kong (-2,65%), Japão (-1,42%) e Xangai (-0,48%).
O minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), fechou em baixa de 0,72% na bolsa de commodities de Dalian, na China, a 899 yuans a tonelada métrica.
Os ADRs da Vale (VALE), no que lhe concernem, perdia 0,73% a US$ 15,67 cada, antes da abertura do mercado em Nova York.
Já o petróleo tipo Brent, referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), derretia 3,1%, com cada barril valendo US$ 70,70, em meio à maior fusão do setor bancário suíço.
Na esteira da oscilação do petróleo, os ADRs da Petrobras (PBR) afundavam 1% a US$ 9,89 cada, no pré-market em Nova York.
Na Europa, os mercados acionários cediam à aversão a risco, com ações bancárias na berlinda. O Stoxx 600, índice que reúne as ações europeias mais negociadas, caía 0,08% aos 435,96 pontos.
Os destaques no continente eram Reino Unido (-0,05%), Alemanha (-0,04%) e França (+0,09%).