Por que Méliuz (CASH3) sobe 13% na contramão do Ibovespa? BTG vê potencial de 154% no ano
A Méliuz (CASH3) disparou 13,26%, a R$ 8,03, no pregão desta sexta-feira (14) — dia negativo para o Ibovespa (IBOV), que recuou 1,30%, valendo 117,7 mil pontos.
O movimento de CASH3 veio após o BTG Pactual indicar um preço-alvo de R$ 18 ao final do ano para as ações, o que implica uma potencial alta de 154%, com base no último fechamento (13). O banco também reiterou sua recomendação de compra.
De acordo com Ricardo Buchpiguel e a equipe do BTG, o acordo comercial com o banco Votorantim, para atuar como sócio-financeiro, deve trazer resultados expressivos para a Méliuz a partir do segundo semestre. Além disso, com a potencial recuperação do e-commerce, devido a um melhor ambiente macro, a companhia “está pronta para atingir o Ebitda de equilíbrio”.
“Se isso acontecer, a avaliação parece extremamente atraente, principalmente considerando o fluxo de caixa operacional potencialmente positivo da empresa e a posição de caixa líquido esperada de R$ 647 milhões, representando 113% de seu valor de mercado”, avaliam.
Os analistas lembram que as ações da Méliuz caíram cerca de 30% no acumulado do ano, tendo sido “esquecidas” no recente rali do Ibovespa. No entanto, eles veem potencial para CASH3 devido ao fluxo de caixa esperado para aumentar nos próximos trimestres e sua posição de caixa considerável.
O que esperar de Méliuz no 2º semestre
Os analistas do BTG afirmam que, no segundo trimestre, o foco da Méliuz permanece na lucratividade e nos esforços para melhorar a eficiência. A companhia busca garantir taxas de captação líquida saudáveis semelhantes aos trimestres anteriores, dizem.
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Após a redução de 23% no plano de funcionários no início do ano, Buchpiguel e equipe esperam menores custos no trimestre devido a renegociações com fornecedores e menores custos de rescisão. Já a economia de custos associada à parceria com o Votorantim deve aparecer no terceiro trimestre do ano.
Por outro lado, é esperado que a Méliuz continue a desacelerar sua atividade de e-commerce, impactando o crescimento do volume de mercadorias (GMV).
Ainda assim, os analistas veem uma potencial recuperação em comparação com a escassa impressão do primeiro trimestre, que foi impactada pelo pedido de falência da Americanas (AMER3).
“Esperamos que o segundo trimestre represente mais um passo em direção ao equilíbrio para Méliuz”, dizem os analistas do BTG.