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Por que Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e demais varejistas disparam nesta quinta (25)?

25 maio 2023, 11:11 - atualizado em 25 maio 2023, 11:18
Casas Bahia Via Varejo Magazine Luiza
Via lidera altas do Ibovespa hoje; Petz, Renner, Soma e Magazine Luiza também são destaques (Money Times/ Gustavo Kahil)

O varejo era destaque de alta na Bolsa brasileira na abertura do pregão desta quinta-feira (25), após o IPCA-15 desacelerar para 0,51% em maio. Às 10h20, o setor valorizava 5,42%.

Os destaques do varejo no dia eram:

A inflação menor que o esperado no mês beneficia o setor no pregão de hoje. A prévia do IPCA abriu espaço para a visão de que um eventual corte da taxa Selic virá no segundo semestre do ano, avalia o analista da Mirae Asset, Pedro Galdi.

Dados do TradeMap apontam que a tendência de queda da inflação é até junho de 2023. Entretanto, o ciclo deve ser seguido por um aumento posterior.

“Isso ocorre porque, entre julho e setembro de 2022, a inflação foi negativa, o que influencia o índice para baixo. A partir de julho de 2023, esses resultados negativos deixam de ser considerados no acumulado de 12 meses, proporcionando uma visão mais realista”, explica o chefe comercial do hub financeiro, Einar Rivero.

Além disso, as ações seguem o movimento otimista do Ibovespa (IBOV). Após três pregões de queda, o principal índice da B3 avançava 1,73%, a 110.679 pontos.

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O que esperar da inflação?

De acordo com analistas do mercado, o IPCA-15 de maio veio bem melhor que o esperado. Os dados do TradeMap, inclusive, indicam que o ponto mais baixo da inflação deve ser alcançado em junho de 2023, com o IPCA fechando em 3,80% ao ano (a.a.).

A partir de julho, o indicador deve crescer, atingindo o ponto mais alto em setembro de 2023, com 6,14% ao ano.

Entretanto, de outubro a dezembro, são esperadas novas quedas, fazendo com que a inflação feche o ano com 5,79% a.a. — valor superior à meta estabelecida de 4,75% a.a.

Vale comprar Magazine Luiza e demais varejistas?

O analista da Ativa, Pedro Serra, afirma que o varejo pode ser atraente no ano, devido ao movimento positivo da Bolsa, que “deve durar mais um pouco”. No entanto, no longo prazo, a casa de análise é mais “reticente”.

Já o economista e professor da Faculdade do Comércio de São Paulo (FAC-SP), Denis Medina, afirma que o momento não é positivo para se posicionar em setor. “Tem que esperar passar a turbulência”, afirma.

Para Medina, dentro de varejo, as opções que têm um futuro próspero e conseguem se manter mais estáveis em cenários de instabilidade são as de consumo básico. “Quando tudo vai mal, tudo que é supérfluo fica para trás e você vai no consumo básico”, diz.

Assim, o ramo que se salva, de acordo com Medina, é o alimentício. Entre os destaques, estão os supermercados, como Pão de Açúcar (PCAR3), Carrefour (CRFB3) e Grupo Mateus (GMAT3).