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Por que índices de imóveis tiveram o melhor desempenho da Bolsa em agosto?

05 set 2023, 17:53 - atualizado em 05 set 2023, 17:53
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Índices de fundos de imóveis tiveram o melhor desempenho na B3 em agosto, mas recuaram no pregão desta terça-feira (05) (Imagem: Pexels/ Kaique Rocha)

Fundos de imóveis parecem estar em alta, pelo menos na B3.

Em agosto, marcado pela pior sequência negativa do Ibovespa (Ibov) na história da Bolsa – de 13 pregões seguidos de queda -, apenas três índices exibiram ganhos. Dois deles, são relacionados ao setor imobiliário.

Desta forma, o índice de fundos imobiliários (Ifix) e o índice que reúne FIIs de alta liquidez, o Ifil, fecharam em alta de 0,49% e de 0,60%, respectivamente. Enquanto o principal índice da B3, o Ibov, despencou 5,09% no período.

Ao todo, são 26 índices na Bolsa brasileira e, em meio à sangria do Ibovespa, praticamente todos os outros acompanharam o desempenho negativo.

“A forte alta no mercado de FIIs observada nos últimos meses foi sustentada pela expectativa do início do ciclo de cortes dos juros. Com isso, alguns investidores com visão de curto prazo acabaram se aproveitando para realizar ganhos”, comenta a equipe de fundos imobiliários do BB Investimentos.

Queda da Selic impulsionou fundos de imóveis

De fato, o mercado financeiro antecipou o movimento com o corte da Selic no horizonte. O Banco Central (BC) promoveu o primeiro corte da taxa de juros em agosto, caindo de 13,75% para 13,25%. Este mês, a autoridade monetária deverá promover um segundo corte.

A equipe do BB diz ainda que enxerga um potencial de valorização para fundos de tijolo, mesmo com a queda exibida no mês anterior. Entretanto, de forma mais lenta e gradual, principalmente diante da continuidade de queda da Selic.

“O momento ainda é propício para montagem de posição em fundos imobiliários, sobretudo para aqueles investidores com viés de longo prazo”, reforça o BB Investimentos.

Índice de fundos imobiliários

Falando nisso, o Ifix exibiu certa volatilidade no pregão desta terça-feira (05) e fechou em queda, dando fim à sequência de cinco pregões seguidos de valorização.

O índice de FIIs encerrou com leve queda de 0,06% (após ajustes), aos 3.216 pontos. Porém, o que chamou a atenção foi o forte volume de negócios, somando R$ 318,7 milhões. O montante movimentado foi o maior desde 1º de agosto.



Entre os fundos listados no Ifix, a maior alta ficou com o BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11), de 3,21%, após engatar três dias de sinal negativo e acumular perdas de mais de 5%.

Por outro lado, o Vinci Logística (VILG11) registrou a maior queda do pregão, de 2,87%.

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