Por que Hypera (HYPE3) cai mais de 2% e lidera as perdas do Ibovespa hoje?
Sem notícias relevantes sobre a empresa, o motivo por trás da queda de mais de 2% das ações da Hypera (HYPE3) é a expectativa para os resultados do segundo trimestre. Por volta de 15h45 (horário de Brasília), HYPE3 registrava queda de 2,51%, a R$ 28,73.
Na avaliação do BTG Pactual, a companhia deve ser a única empresa do setor de saúde a apresentar números mais fracos.
“Esperamos que a Hypera apresenta resultados mais fracos, refletindo uma ligeira redução (de um dígito) no sell-in e menor margem Ebitda”, escrevem Samuel Alves e Yan Cesquim os analistas, que assinam o relatório divulgado nesta segunda-feira (15).
O banco ainda prevê uma queda de 2% na receita líquida anual para R$ 2,18 bilhões, “refletindo outra rodada de falta de brilho sell-out na indústria farmacêutica e mix de vendas desfavorável (menor peso de anti-inflamatórios e anti-gripais, que também são linhas de produtos lucrativas)”.
O Goldman Sachs também projeta uma queda, de mesma magnitude, da receita líquida. O banco avalia que uma “perspectiva cambial mais desafiadora em meio à recente deterioração do real ante o dólar” aumenta o risco de impacto na margem bruta da companhia.
Na estimativa dos analistas do Goldman, o dólar na faixa de R$ 5,30 a R$ 5,70 deve resultar em uma queda entre 10 e 40 pontos-base na expectativa de margem bruta da Hypera em 2025.
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A divulgação do balanço de Hypera está prevista para a quinta-feira da semana que vem, 25 de julho.
Com Hypera (HYPE3) ‘sem brilho’: o que esperar do setor de saúde
Por outro lado, o BTG mantém uma visão positiva sobre os balanços de Hapvida (HAPV3), Rede D’Or (RDOR3) e Fleury (FLRY3).
“Apesar dos persistentes desafios de coleta de caixa e da dinâmica do capital de giro no setor de saúde, esses players devem continuar a se destacar, apresentando resultados trimestrais sólidos com margens crescentes e melhores tendências de fluxo de caixa livre (FCF)”, escrevem os analistas do banco.