Por que fundos imobiliários estão de olho em imóveis residenciais?
Investir em imóveis residenciais parece ser uma nova cartada de fundos de investimentos após o BTG Pactual e a JHSF Capital anunciarem fundos imobiliários dedicados a esse segmento.
A Apex Partners lançou um FII com aporte de R$ 600 milhões para construir e vender apartamentos de alto padrão no Espírito Santo, Santa Catarina e Paraná.
No entanto, para colocar o projeto de pé, o fundo administrado pelo BTG fará parcerias com incorporadoras locais.
Segundo reportagem do jornal Estado de São Paulo, o novo FII prevê investir em 15 empreendimentos, somando 1,7 mil apartamentos, com valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,5 bilhões. A receita projetada com a venda dos imóveis é de R$ 3,2 bilhões, com lucro estimado de R$ 1,07 bilhão.
Enquanto a JHSF Capital, braço financeiro da JHSF (JHSF3) com foco no mercado de alta renda, fez parceria com a gestora eB Capital.
Com isso, elas criaram um fundo imobiliário voltado para a construção e restauração de residências de alta renda nos principais bairros de São Paulo e no interior paulista. Inicialmente, o FII tenta captar R$ 500 milhões para iniciar o desenvolvimento dos projetos.
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FIIs de imóveis residenciais têm uma ‘avenida para crescer’
O negócio parece ser atrativo e ainda ter muito espaço para crescimento no Brasil.
“O setor residencial é muito forte nos Estados Unidos. Aqui, isso ainda não pegou. É um setor que tem muitas oportunidades e uma avenida para crescer”, comenta o analista de fundos imobiliários do Itaú BBA, Marcelo Potenza.
Segundo Potenza, o desenvolvimento e profissionalização desse mercado de FIIs pode, por exemplo, ajudar o setor imobiliário de São Paulo, citando as dificuldades encontradas para alugar imóveis na capital paulista.
De olho nesse mercado, a gestora de investimentos Tellus – responsável pelo FII Tellus Properties (TEPP11) -, fez parceria com a Benx Incorporadora e está desenvolvendo um empreendimento residencial no Itaim Bibi, um dos metros quadrados mais caros de São Paulo.
O imóvel, localizado na rua Joaquim Floriano, ocupa área de quase 2 mil metros quadrados e terá apartamentos de 38 a 152 metros quadrados.
Além de residências, o projeto inclui unidades no formato “Smart”, destinadas à locação de curta duração. O VGV do empreendimento soma R$ 330 milhões.