Por que estes 10 empreendedores não mereciam estar na lista da Forbes? ‘As mais duvidosas’, diz revista
A Forbes informou na última quinta-feira (28) quais são os 10 empreendedores que já fizeram parte da tradicional lista 30 Under 30, mas que a revista “gostaria de devolver“.
Isso porque, alguns deles acabaram por se tornar um fracasso “ou muito pior”, como a própria Forbes avaliou.
A lista que já existe há 13 anos homenageia as figuras mais promissoras com menos de 30 anos de idade. Ao todo, mais de 100 mil candidatos foram avaliados, além de mais de 10 mil crianças prodígios já terem sido incluídas.
Vale destacar que a lista 30 Under 30 é, por definição, voltada para o futuro, e segundo a Forbes, “nem mesmo Warren Buffett pode prever com 100% de precisão”.
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Lista da Forbes: Veja quem são e os motivos
Sam Bankman e Caroline Ellison
Sam Bankman, que uma vez teve fortuna avaliada em mais de US$ 26 milhões, irá encarar até 110 anos de prisão, com sentença que deve acontecer em março do ano que vem, conforme a revista noticiou.
Bankman fundou a empresa de criptomoedas FTX, avaliada em US$ 40 bilhões, mas menos de dois anos depois, ele foi acusado de transferir bilhões de dólares em ativos de clientes da FTX para a empresa Alameda Research, que ele também é o fundador. O objetivo era financiar perdas, doações políticas e outros investimentos.
O caso de Caroline Ellison está relacionado, pois ela é ex-CEO da Alameda e ex-namorada de Bankman. Ainda segundo a Forbes, em dezembro de 2022, Ellison se declarou culpada de fraude eletrônica e conspiração por transferir bilhões de clientes da FTX para cobrir perdas na companhia.
Charlie Javice
Charlie Javice criou a startup Frank, que arrecadou cerca de US$ 16 milhões. A empresa prometia ajudar estudantes universitários a obter ajuda financeira.
Em 2021, Javice vendeu a companhia para o JPMorgan Chase por US$ 175 milhões, afirmando ter 4.25 milhões de usuários. Contudo, Javice não tinha “nem perto do número” da base de clientes que dizia ter, segundo a Forbes.
A empresária foi indiciada por fraude e conspiração, mas contestou as acusações e se declarou inocente. O julgamento está marcado para começar em outubro do ano que vem.
Martin Shkreli
Aos 20 anos, Martin Shkreli foi tachado de “prodígio dos negócios”, ao lançar dois fundos de hedge com foco no setor farmacêutico. Pouco depois, ele estabeleceu duas empresas: a Retrophin e Turing.
Dois anos depois, Shkreli passou de prodígio para “o homem mais odiado da América”, após aumentar o preço do Daraprim, de propriedade da Turing. O remédio em questão é usado para tratar infecções parasitárias, e foi de US$ 17,50 por comprimido para US$ 750.
A agência Federal Trade Commission processou Shkreli, ganhou e multou o empresário em US$ 65 milhões. Ele também foi banido por toda a vida da indústria farmacêutica, de acordo com a revista.
Na mesma época, Shkreli já tinha sido preso por deturpar as finanças dos dois fundos e por tentar manipular as ações da Retrophin.
Ele foi liberto antecipadamente da prisão federal, em maio de 2022, após cumprir quatro anos.
Cody Wilson
Cody Wilson era estudante de direito, ao mesmo tempo que produzia e publicava na Internet projetos que permitiam a qualquer pessoa imprimir em 3D uma arma de fogo.
O movimento criou “tempestade legal contínua de ‘armas fantasmas”, mas não foi este o motivo pelo qual ele deixou de integrar a 30 Under 30.
Em 2019, Wilson se declarou culpado e foi registrado como agressor sexual. Isso porque, conforme a Forbes destacou, ele pagou US$ 500 para ter relações íntimas com uma garota de 16 anos, que conheceu em um site chamado Sugardaddymeet.com.
James O’Keefe
Após dirigir por 13 anos a empresa de mídia Project Veritas, James O’Keefe foi destituído do cargo de presidente e CEO da organização em fevereiro deste ano.
A expulsão aconteceu após funcionários e membros do conselho de administração reclamarem sobre o modo como o executivo liderava, além do uso indevido de fundos de doadores em extravagâncias. Entre eles, um voo em um avião particular.
Em março, ele lançou uma nova empresa do mesmo segmento, chamada O’Keefe Media Group, que em agosto, foi investigada pelo Gabinete do Procurador Distrital do Condado de Westchester. A Forbes procurou os advogados da companhia, que não responderam ao pedido por comentários.
Phadria Prendergast
Phadria Prendergast lançou a revista Women of the City, em 2018, com objetivo de evidenciar as próximas figuras do empreendedorismo e entretenimento.
Contudo, de acordo com a Forbes, só entrava nesta lista de revelações do mercado quem pagasse por isso. Além disso, uma investigação da revista descobriu que onze ex-clientes alegaram que Prendergast fugiu com cerca de US$ 195 mil do dinheiro deles.
Este dinheiro, conforme a Forbes apurou, pode ter sido direcionado para uma Igreja Ungida dos Proclamadores da Salvação, ou Nação SPAC, pois a revista encontrou conexões financeiras entre ambos. Prendergast nega as acusações.
Steph Corey
Steph Korey, que foi a capa da revista Forbes em 2018, foi CEO e co-fundadora da marca de malas Away.
Em 2019, a The Verge publicou um artigo com diversos relatos de funcionários, apontando que Korey os intimidava e os aplicava uma carga de trabalho exaustiva.
Ela abdicou do cargo de diretora-executiva em dezembro daquele mesmo ano, mas retornou após um mês ao lado de Stuart Haselden, ex-executivo da Lululemon.
Em julho de 2020, Korey postou em suas redes sociais posicionamentos altamente críticos à indústria da mídia. Pouco depois, segundo a Forbes, Away anunciou que Corey renunciaria novamente ao cargo de CEO no início de 2021.
Lucas Duplan
Em 2014, Lucas Duplan levantou US$ 30 milhões de investidores para sua startup Clinkle. Entre os investidores estavam: Richard Branson, Peter Thiel e Andreessen Horowitz.
Duplan não poupou dinheiro, ao fazer dezenas de contratações, entre elas, atraiu personagens renomados da tecnologia e alugou um escritório em São Francisco. Apesar disso, o executivo nunca conseguiu entregar o produto que planejava.
Pouco depois, segundo a Forbes, a Duplan estava fazendo demissões em massa e os investidores exigiram o dinheiro de volta. Em paralelo, outras companhias, como Venmo e Apple Pay lançaram produtos rivais.