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Por que esperar altos dividendos desta ação agro, segundo a XP

03 set 2022, 13:00 - atualizado em 02 set 2022, 17:51
plantação agronegócio
Analistas afirmaram que os maiores custos de insumos agrícolas e fretes já afetaram negativamente os resultados. (Imagem: Raylton Alves/Agência Ana)

A “bem-sucedida” estratégia da BrasilAgro (AGRO3) em reciclar portfólio, aliada a uma estrutura de capital “saudável” deve se traduzir na continuidade de elevados pagamentos de dividendos, disseram analistas da XP Investimentos.

A corretora destacou que a empresa já antecipou 74% dos fertilizantes necessários para a safra 22/23, “além de ter realizado hedge dos produtos a preços muito interessantes”, segundo relatório assinado por Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.

Os analistas afirmaram que os maiores custos de insumos agrícolas e fretes já afetaram negativamente os resultados do quarto trimestre (segundo trimestre fiscal), o que se traduziu em margens menores.

Para eles, o aumento da área de produção da BrasilAgro, em 9% para 2022/23, compensará parcialmente a queda das margens. Além disso, ponderam, as margens devem ficar ainda acima dos níveis históricos.

“A perspectiva de aumento de custos e taxas de juros aliada à percepção de recessão pode afetar negativamente a perspectiva de venda das fazendas”, ponderaram.

A XP reiterou a recomendação de compra para AGRO3, com preço-alvo de R$ 32,80.

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Para além dos dividendos

Além de mencionar os dividendos, os analistas comentaram que a BrasilAgro apresentou bons resultados em sua operação agrícola — com receita líquida crescendo 53% na base anual, para R$ 351 milhões.

A dinâmica refletiu o momento positivo dos preços mais altos das commodities, segundo a companhia. A empresa apresentou o balanço do segundo trimestre fiscal nesta semana.

A BrasilAgro teve ainda em Ebitda ajustado de R$ 121 milhões, em queda anual de 18%, apesar da pressão de custos de insumos e risco de escassez de fertilizantes.

A receita da soja aumentou 97% e já responde por 64% do total de vendas de produtos agrícolas, ganhando espaço sobre a cana-de-açúcar, estável na base anual.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.