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O impacto de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) no pagamento de dividendos em 2024

06 mar 2025, 14:18 - atualizado em 06 mar 2025, 14:18
Locomotiva da Vale abastecida com Diesel R em Vitória (ES) Petrobras
Locomotiva da Vale abastecida com Diesel R em Vitória (ES) (Judeu Marc / Divulgação Vale)

Os dividendos pagos por empresas brasileiras caíram 9% no ano passado, de acordo com a Janus Henderson. O principal motivo foi a redução dos dividendos da Vale (VALE3), refletindo uma tendência global no setor de mineração, que, ao lado do setor de transportes, teve o pior desempenho mundial.

Mineração e transportes distribuíram US$ 26 bilhões a menos em relação ao ano anterior.

Já a Petrobras (PETR4) voltou ao ranking das maiores pagadoras de dividendos do mundo, ocupando a 14ª posição, segundo a Janus Henderson. A petroleira pagou US$ 10,8 bilhões, enquanto a Vale pagou US$ 4,2 bilhões.

A Microsoft permaneceu, pelo segundo ano consecutivo, como a maior pagadora de dividendos do mundo, enquanto a Exxon, após a aquisição da Pioneer Resources, retomou a segunda posição, que não ocupava desde 2016.

No total, 88% das empresas globais aumentaram ou mantiveram seus dividendos, com a mediana do crescimento empresarial atingindo 6,7%.

Para 2025, a Janus Henderson projeta um crescimento global de dividendos de 5,0%, elevando os pagamentos para um novo recorde de US$ 1,83 trilhão.

Apesar das incertezas econômicas, a expectativa é que os dividendos se mantenham resilientes diante da volatilidade do mercado, impulsionados pelo fortalecimento do setor financeiro e pela crescente maturação das grandes empresas de tecnologia.

Dividendos crescem no mundo

No mundo, os dividendos pagos atingiram um recorde de US$ 1,75 trilhão em 2024, representando um crescimento de 6,6%. O aumento nominal foi de 5,2%, refletindo um impacto negativo de um dólar americano mais forte e a redução de dividendos especiais pontuais.

O resultado final superou a previsão da Janus Henderson de US$ 1,73 trilhão, impulsionado pelo desempenho acima do esperado nos Estados Unidos e no Japão no último trimestre.

Durante o ano, os mercados da Europa, dos Estados Unidos e do Japão apresentaram crescimento robusto, acompanhados por mercados emergentes como a Índia e países da Ásia, incluindo Singapura e Coreia do Sul.

No total, 17 países dos 49 analisados atingiram recordes históricos de dividendos, destacando-se Estados Unidos, Canadá, França, Japão e China.

De acordo com a Janus Henderson, as estreias de grandes empresas no pagamento de dividendos impactaram significativamente os resultados globais. Entre os destaques estão Meta e Alphabet, nos Estados Unidos, e Alibaba, na China, que juntas distribuíram US$ 15,1 bilhões, representando um quinto do crescimento global dos dividendos em 2024.

Quase metade do crescimento dos dividendos veio do setor financeiro, especialmente dos bancos, que aumentaram seus pagamentos em 12,5% numa base subjacente. Além disso, telecomunicações, construção, seguros, bens de consumo duráveis e lazer registraram aumentos de dois dígitos.

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