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Por que e como investir em terras agrícolas?

24 set 2021, 15:51 - atualizado em 25 set 2021, 19:05

Agricultura Agronegócio Máquinas & Equipamentos

O investimento em terras agrícolas ainda escapa frequentemente do radar dos investidores, à medida que se associa a exposição ao ativo somente à compra de fazendas, o que limita bastante o público, especialmente os investidores pessoa física.

Apesar de estarmos em pleno movimento de alta dos juros, com a Selic cotada a 6,25% ao ano, o patamar ainda é muito baixo no histórico brasileiro. E muitos investidores justamente migraram da renda fixa para os investimentos em renda variável, buscando retornos maiores.

O número de investidores como um todo, com CPFs registrados na B3 (B3SA3) — a Bolsa de Valores brasileira — disparou desde o ano passado, chegando ao montante mais recente de 3,8 milhões contas cadastradas no mercado de capitais brasileiro.

E voltando a falar sobre o mercado de terras, será que realmente vale a pena? Quais as vantagens do ativo em uma carteira de investimentos? E como investir no setor imobiliário rural brasileiro?

Analistas do BTG Pactual, repercutindo análise recente do IHS Markit, explicam que a demanda por terras agrícolas permanece forte e com fundamentos sustentados. E, no caso do Brasil, as propriedades se valorizaram 32% entre julho e agosto de 2021 na comparação anual.

Para o CEO da Terra Santa Propriedades Agrícolas (LAND3), José Humberto Teodoro, que bateu um papo exclusivo com o Agro Times, o investimento em terras — incluindo o arrendamento — tem historicamente excelente risco retorno, além de ser defensivo contra a inflação.

José Humberto Teodoro

“Entre diferentes classes de ativos, o investimento em terras incluindo arrendamento tem o melhor perfil na relação risco e retorno. Por exemplo, o retorno das terras foi muito semelhante ao do índice S&P 500 (SPX) entre 1992 a 2020, com rendimentos próximos a 11%, contudo, o risco atrelado às terras foi bem semelhantes aos investimentos em bonds [títulos públicos norte-americanos], ouro e demais ativos reconhecidamente de baixo risco”, argumenta.

Em outras palavras, o executivo argumenta que se um mesmo investidor tivesse aplicado em terras desde os anos 90 teria o mesmo retorno de um investidor comprado no mercado de ações dos EUA — muito mais estável que o brasileiro –, correndo o risco ínfimo que os investidores em títulos públicos e ouro compartilham.

Em períodos de forte inflação nos EUA, as terras tiveram performance superior à inflação, explica Humberto. Como, por exemplo nos anos 20, quando a taxa inflacionária era em média de 13,7%, as terras valorizaram 16,3%, enquanto que o ouro apenas 2,2% no mesmo período.

“Nos anos 70, a inflação era de 9,2%, já os rendimentos do S&P 500 e ouro no intervalo foram de 18,8% e 7,1%, respectivamente, enquanto que as terras saltaram 22,1% no mesmo período”, enfatiza o CEO, com base em dados dos USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), FMI (Fundo Monetário Internacional) e World Gold Council.

Ao passo que os investimentos no Brasil têm se diversificado cada vez mais, é possível encontrar na Bolsa de Valores companhias com exposição ao setor imobiliário rural, casos da BrasilAgro (AGRO3), da SLC Agrícola (SLCE3) e da Terra Santa (LAND3), sendo a última exclusivamente voltada ao negócio de arrendamento de terras, entre outras.

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