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Por que Copel (CPLE6) disparou nesta terça, liderando altas do Ibovespa?

01 nov 2022, 18:23 - atualizado em 01 nov 2022, 18:23
Copel
O Bradesco BBI acha mais provável uma privatização “completa” da companhia do que a venda de divisões específicas (Imagem: Copel/Divulgação)

As ações da Copel (CPLE6) lideraram as altas do Ibovespa nesta terça-feira (1º), saltando quase 9%.

O papel disparou 8,92%, cotado a R$ 8,06. Na máxima do dia, chegou a atingir R$ 8,16.

Ontem à noite, a companhia do setor de energia elétrica soltou um fato relevante dizendo que recebeu um aviso do governo do Estado do Paraná, acionista controlador, comunicando a solicitação ao Conselho de Controle das Empresas Estaduais (CCEE) de informações técnicas para subsidiar modelo para “potencial operação no mercado de capitais em que se otimize o investimento do Estado do Paraná na Copel, preservando participação societária relevante do Estado na companhia”.

O Itaú BBA menciona que o fato relevante não fala diretamente de privatização, mas deixa a possibilidade em aberto.

Na avaliação de analistas, o governo do Paraná deve analisar a possibilidade de vender o excesso das ações em uma oferta secundária de ações, mantendo assim o controle, ou se desfazer do controle dentro de um modelo parecido com a capitalização da Eletrobras (ELET3).

O BBA destaca, no entanto, que ainda é cedo para avaliar se o anúncio levaria a uma potencial privatização. A instituição também lembra que, em 22 de outubro, a Copel subiu 4,5% após uma entrevista em que o governador reeleito, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), mencionou que poderia mudar sua visão sobre a possibilidade de privatizar a Copel.

O governo do Paraná chegou a estudar uma potencial venda de parte das ações que detém na Copel, em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas acabou desistindo da operação.

Até então, o discurso de Ratinho Júnior tem sido de que não há intenção de privatizar a Copel.

O Bradesco BBI acha mais provável uma privatização “completa” da companhia do que a venda de divisões específicas.

“Enquanto vender apenas as áreas de geração e transmissão implicaria menos oposição/barulho por parte dos políticos locais e da população paranaense, manter a distribuidora estatal, com margem mais baixa, provavelmente seria menos desejável devido aos riscos operacionais”, afirma.

No fato relevante, a Copel reforçou que o comunicado “não deve ser considerado ou interpretado como sendo anúncio de operação no mercado de capitais envolvendo a companhia”.

Com informações da Reuters.

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