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Por que Bradesco BBI prefere Inter (BIDI11) a Nubank (NUBR33)?

07 mar 2022, 12:59 - atualizado em 07 mar 2022, 12:59
Banco Inter
No quarto trimestre, o Inter apresentou lucro líquido contábil de R$ 6,4 milhões, uma queda de 67,1% na base anual (Imagem: Facebook/Inter)

O Bradesco BBI derrubou o preço-alvo do Inter (BIDI11) de R$ 51 para R$ 34. Mesmo assim, o novo preço-alvo significa uma elevação expressiva de 83% ante o fechamento da última sexta-feira (4). A recomendação de compra foi reafirmada. 

“O preço ainda parece atraente no longo prazo, apesar de reconhecermos que o momento de curto prazo pode ser mais desafiador”, argumentam os analistas Otavio Tanganelli e Maria Clara Negrão, em relatório divulgado pela Ágora Investimentos.

A dupla considerou um cenário conservador após resultados mais fracos do que o esperado no quarto trimestre, notadamente nos resultados de crédito.

“Em um contexto de taxas mais altas e volatilidade do mercado, vemos os investidores mais preocupados com a rentabilidade nos últimos meses, o que provavelmente continuará a desviar a atenção para a geração de lucros vis-à-vis o crescimento no curto prazo”, argumentam.

No quarto trimestre, o Inter apresentou lucro líquido contábil de R$ 6,4 milhões, uma queda de 67,1% na base anual.

A cifra ajustada chegou a R$ 20,2 milhões, alta de 4,2%. Analistas esperavam que o banco apresentasse lucro de R$ 48 milhões no quarto trimestre, de acordo com dados reunidos pela Bloomberg.

Apesar do corte no preço-alvo, os analistas do BBI reiteraram o Inter como favorito entre as fintechs, “uma vez que atualmente é uma forma muito mais barata de ter exposição à opcionalidade dos bancos digitais ganharem ainda mais espaço no Brasil”.

BBI pessimista com ação

O BBI iniciou a cobertura das ações do Nubank (NU;NUBR33) com recomendação de venda e preço-alvo de US$ 5, potencial de queda de 45%.

Na avaliação dos analistas Gustavo Schroden, Otávio Tanganelli e Eric Ito, o Nubank está em uma sinuca de bico. Isso porque a avaliação atual do preço não permite nenhum retrocesso, algo difícil de ocorrer em meio a uma economia fraca.

“Ou o Nubank continuará a expandir empréstimos em impressionantes 50% a 60% no ano – assim correndo o risco de grave deterioração da qualidade dos ativos –, ou precisará reduzir o crescimento, arriscando perder clientes”, dizem.

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