Por que Banco do Brasil (BBAS3) ainda é a melhor escolha entre os grandes nomes do setor, segundo BBA
O Banco do Brasil (BBAS3) segue como a principal escolha do Itaú BBA entre os grandes bancos. A companhia tem a a assimetria de valuation e o risco de alta mais positivos no setor, sob expectativa de que a carteira de crédito e o crescimento do NII (margem financeira) se sobressaiam novamente em 2024.
Afastando-se do consenso, o BBA estima uma nova rodada de crescimento de duplo dígito para os resultados da estatal no próximo ano. O Banco do Brasil é a “aposta de valor profundo de qualidade” da instituição.
“Gostamos mais do Banco do Brasil entre os grandes bancos, visto que está passando por menos desafios de execução e deve entregar ~20% de ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), +10% de crescimento de resultados e assimetria positiva para os múltiplos de 3,5 vezes P/L (preço sobre lucro)”, comentam Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, analistas responsáveis pelo relatório divulgado nesta quinta-feira (5).
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Sobre os temores levantados quanto ao efeito de uma taxa Selic menos no NII, o BBA avalia que a preocupação é exagerada.
“O banco pode mais do que mitigar o impacto negativo de uma Selic menor no NII ao mudar seu mix de ativos em direção ao crédito, afastando-se de títulos de mercado”, afirmam os analistas. A instituição destaca que os yields (rendimentos) em títulos de mercado historicamente entregam acima de 100% do CDI quando os juros caem.
Além da recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), o BBA tem preço justo ao fim de 2024 de R$ 59. O dividend yield de 13% de um payout de 40% é uma proteção de valor adicional, acrescenta.
Bradesco e Santander Brasil elevados
Os bancos Bradesco (BBDC4) e Santander Brasil (SANB11) escalaram para a recomendação de “market perform” (performance esperada em linha com a média do mercado) pelo BBA. Analistas estão com um “grão de esperança” quanto às tendências que devem aparecer em 2024, com expectativa de que os negócios deem uma engatada.
Na avaliação do BBA, algumas peças políticas devem se encaixar até o ano que vem. Ao mesmo tempo, o crescimento nos resultados deve levantar as ações mais uma vez.