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Por que Azul (AZUL4) dispara 50% e Gol (GOLL4) avança 27% nesta segunda (6)?

06 mar 2023, 12:48 - atualizado em 06 mar 2023, 12:48
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A Azul registrou avanço de 100% no Ebitda em 2022 e segue otimista para este ano (Imagem: Pixabay/blende12 )

As companhias aéreas começaram a semana com boas notícias. A Azul (AZUL4) disparava 52%, a R$ 11, e liderava as altas do Ibovespa nesta segunda-feira (6), por volta das 12h40, enquanto a Gol (GOLL4) avançava 27%, negociada a R$ 6,50, também nos destaques positivos.

O movimento de compra dos papéis acontece após as companhias divulgarem números de resultados operacionais e financeiros, além do acordo de pagamento da Azul com arrendadores de aeronaves.

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GOLL4

A Gol divulgou seus números preliminares de tráfego de fevereiro na última sexta-feira (3). O Santander destacou que o total de ASK (número de assentos disponíveis por quilômetro voado) da companhia foi de 3,2 milhões (alta de 14% na comparação anual).

O resultado foi explicado por uma forte melhoria na capacidade internacional e uma expansão de 6% no ano no mercado doméstico.

Além disso, a empresa reportou RPK (passageiro por quilômetro transportado) total de 2,7 milhões (aumento de 17% no ano), na sequência do forte desempenho internacional e do crescimento doméstico anual de 9%.

Para Lucas Barbosa e equipe de analistas do Santander, os números são positivos por conta da contínua recuperação da demanda internacional, além dos sinais positivos para o ambiente doméstico e a “melhora geral no fator de carga”.

Apesar disso, os analistas do banco têm indicação neutra para as ações da Gol, a um preço-alvo de R$ 9,30.

AZUL4

Já a Azul movimentou os mercados com duas notícias. A companhia chegou a acordos com arrendadores de aeronaves responsáveis ​​por 90% de seus passivos de arrendamento que dariam a eles ações e dívidas negociáveis ​​em troca de pagamentos mais baixos.

Além disso, a empresa registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 610,5 milhões no quarto trimestre de 2022, acumulando perdas de R$ 2,6 bilhões no ano.

Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da aérea foi de R$ 3,2 bilhões no acumulado de 2022, mais de 100% maior do que o ano anterior.

A Azul também segue otimista para o ano de 2023, calculando uma receita recorde de R$ 20 bilhões e um Ebitda também recorde de mais de R$ 5 bilhões, aproximadamente 40% acima em comparação com 2019, conforme anunciou em relatório.

Em relação ao acordo da companhia com os arrendadores, os analistas do Goldman Sachs aguardam mais detalhes, mas avaliam que deve ser positivo para a empresa, pois “acreditamos que o risco de crédito tem sido um tema importante para o setor aéreo”. Os analistas do banco mantém recomendação neutra para as ações, com um preço-alvo a R$ 16,40.

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