Por que analistas estão otimistas com fusão de Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3)?
As administradoras de shoppings centers Aliansce Sonae (ALSO3) e BR Malls (BRML3) devem concluir a fusão em janeiro de 2023 após, ontem, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) dar sinal verde, sem restrições, para a criação de uma gigante do setor, em negócio de R$ 12 bilhões.
Para a equipe do BTG Pactual, a aprovação pelo Cade mais rápida do que o esperado é “claramente positiva”, já que a expectativa era o aval vir no primeiro trimestre do ano que vem.
“O mais importante é que não havia ‘remédios’, o que significa que a implementação deveria ser rápida e sem qualquer impacto na avaliação da nova companhia”, comentam.
Shoppings com ações descontadas
O Bradesco BBI avalia que a notícia pode ser um gatilho para as ações da nova empresa, com aumento de liquidez dos novos papéis e uma possível inclusão em índices assim que a fusão for concluída.
“As ações da BR Malls e Aliansce Sonae estão sendo negociadas com desconto para os pares, de 27% para Multiplan [MULT3] e de 22% para Iguatemi (IGTI11), o que vemos como atraentes”, diz o banco. Nesta sexta-feira, as ações de ALSO3 e de BRML3 sobem 2%.
O que acionistas ganham com a fusão?
Os analistas da Genial Investimentos explicam que os acionistas da BR Malls deterão 55,13% da nova companhia, em uma relação de troca de 0,39 ação de ALSO3 para cada ação de BRML3.
“Além disso, os acionistas receberão uma parcela caixa única de R$ 1,25 bilhão, ou R$ 1,51 por ação”, acrescentam.
Nova empresa nasce desalavancada e queridinha
O BTG destaca que, após a venda de vários ativos, a nova companhia formada pelas empresas de shoppings está desalavancada, o que abre espaço para grandes recompras de ações e mais dividendos.
Os analistas do Itaú BBA, por sua vez, colocam a empresa formada na fusão de BR Malls e Aliansce Sonae como a principal escolha no segmento de shopping center, visto que a nova companhia não tem nenhum risco aparente para ganhos decorrentes da integração. Além da expectativa de melhora na liquidez dessa combinação de negócios.
O que esperar da fusão?
Para a Genial, após quase sete meses de processo de aprovação pelo Cade, o mercado deve aguardar pelas novas projeções de sinergias entre as empresas.
“Entendemos que a fusão é benéfica para ambas e deve abrir espaço para o crescimento orgânico do maior portfólio de shoppings do Brasil. Fique atento para o desconto dos termos de contrato e preço de tela, que pode indicar oportunidade de arbitragem de curtíssimo prazo”, orientam os analistas.
Siga o Money Times no Facebook!
Conecte-se com jornalistas e leitores do Money Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Clique aqui e comece a seguir a página do Money Times no Facebook!