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Por que acreditar nos frigoríficos após tombo das ações e qual será o vencedor, segundo a XP

13 set 2022, 14:29 - atualizado em 13 set 2022, 14:37
Frigoríficos
Ações de frigoríficos apanham nesta terça-feira, mas reservam bastante potencial de valorização segundo a XP Investimentos. (Imagem: Unsplash/Gabriella Clare Marino)

As ações de frigoríficos listadas na B3 também sentiram o baque da inflação mais salgada nos Estados Unidos nesta terça-feira (13), junto com as apostas renovadas de uma alta de juros na ordem de 1 ponto percentual pelo Federal Reserve.

Nem mesmo a disparada do dólar no intraday em 1,65% foi capaz de atenuar a forte pressão vendedora das ações, levando em conta que 76% do faturamento do setor é dolarizado.

Por volta das 14h, as ações da BRF (BRFS3) lideravam o movimento de quedas no setor, perdendo 4,8% a R$ 15,52. Na sequência, os papéis da Marfrig (MRFG3) derrapavam 3,1% a R$ 11,88 cada.

Já as ações da Minerva (BEEF3) e da JBS (JBSS3) caíam 1,6% a R$ 14,19 e 1% a R$ 28,04, respectivamente.

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Dá para acreditar no setor?

Os frigoríficos brasileiros estão bastantes expostos à economia norte-americana e seus ativos precificam uma inflação maior que esperada pelo mercado.

Mas isso não tira o apetite da XP Investimentos em recomendar as ações do setor no longo prazo.

Dados da balança comercial mostram que as exportações seguem robustas, embora os preços desaceleraram nas últimas semanas, reflexo dos ajustes de pedido dos chineses e impacto nas importações com a desvalorização do yuan.

“Apesar de o setor estar cada vez menos homogêneo, os frigoríficos brasileiros estão bastante descontados, tanto do ponto de vista dos fundamentos, embora por razões diferentes para cada empresa, mas também do lado de valuation“, afirmam os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca.

Ações para ‘churrascar’

A XP iniciou a cobertura de ações da Minerva com recomendação de compra e com preço-alvo de R$ 19 nos próximos 12 meses.

A companhia é a que está melhor posicionada para aproveitar a virada do ciclo do gado dos EUA para o Brasil, que se traduzirá em margens maiores nos próximos anos.

Como o Minerva atua principalmente na América do Sul, a empresa possui o menor custo de produção entre os frigoríficos, o que confere maior competitividade.

No entanto, a JBS segue como a top pick (favorita) no setor, com preço-alvo de 58,10 em um ano.

A BRF teve recomendação elevada de neutra para compra. As ações da companhia acumulam queda de 25% no ano e agora chegou o momento de comprá-las, de acordo com a XP.

A Marfrig também segue com recomendação de compra e ostenta potencial de valorização de 132% nos próximos 12 meses.

Empresa Código Preço Atual (R$) Preço-alvo (R$) Potencial (%)
BRF BRFS3 15,84 20,60 30
JBS JBSS3 28,41 58,10 104
Marfrig MRFG3 12,21 28,30 132
Minerva BEEF3 14,59 19,10 31

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