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Por que ações de Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4) tiveram forte queda nesta quinta

17 fev 2022, 19:03 - atualizado em 17 fev 2022, 19:36
Vale
Planejador estatal da China pediu a alguns comerciantes de minério de ferro que liberem estoques excessivos. (Imagem: Reuters/Washington Alves)

A ponta negativa do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (17)  foi liderada por empresas ligadas ao minério de ferro, que ajudaram a colocar o principal índice da bolsa brasileira no vermelho.

As empresas têm ao menos uma razão em comum para o desempenho: a queda dos futuros de minério de ferro de referência da China, que recuaram pela quarta sessão consecutiva nesta quinta.

O movimento impacta os preços do aço, já que os investidores ainda estavam preocupados com as intervenções do governo no mercado.

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O que aconteceu na China

O planejador estatal do país pediu a alguns comerciantes de minério de ferro que liberem estoques excessivos e restaurem os estoques a níveis razoáveis, disse após uma investigação conjunta com o regulador de mercado em Qingdao.

Os estoques portuários de minério de ferro importado na China estavam em 156,35 milhões de toneladas em 11 de fevereiro, pairando em torno das máximas de três anos, mostraram dados da consultoria SteelHome.

“O aumento anterior nos preços do minério de ferro estava mais relacionado à expectativa e não tinha muito a ver com os fundamentos”, escreveram analistas da GF Futures em nota, acrescentando que a matéria-prima siderúrgica é pressionada pelas políticas.

Os futuros de minério de ferro mais negociados na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em maio, caíram 5,2%, para 675 iuanes (106,62 dólares) por tonelada. Eles fecharam em queda de 3,8%, para 685 iuanes por tonelada.

O CEO da Box Asset Management Fabrício Gonçalvez, chama a atenção para a valorização da Vale (VALE3), que nos últimos seis meses subiu 17%, e diz que o movimento atual pode instaurar uma tendência de baixa para o papel.

*Com informações da Reuters

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.