Por que ação da Suzano segue atraente, mesmo com queda da celulose?
Desde meados de maio, o principal comprador de celulose da Suzano (SUZB3) reduziu suas compras, fazendo com que a maior produtora global de celulose de eucalipto trocasse o mercado da China pela Europa, onde a demanda estava mais forte.
No entanto, o cenário voltou a favorecer a companhia brasileira.
De acordo com o analista Caio Ribeiro, do Credit Suisse, a demanda chinesa tem se recuperado gradativamente desde julho, o que somado ao cenário de estoque entre pequenos e grandes compradores, tende a melhorar os preços da commodity.
Ainda conforme o relatório, obtido pelo Agro Times, executivos da Suzano afirmaram aos especialistas do banco suíço que a companhia não deve ser muito impactada pela crise hídrica — que ganha cada vez mais envergadura no Brasil — tanto do ponto de vista energético quanto em relação aos níveis dos reservatórios de água, fundamental para manter a operação florestal de eucaliptos.
“Apesar da recente correção de preços da celulose na China, acreditamos que a reversão da tendência já tenha sido precificada, com valuation da ação resvalando agora com o projeto Cerrado, chave para a companhia alavancar ativos no mercado de créditos de carbono“, conclui o analista.
O Credit Suisse tem recomendação de compra para a ação da Suzano, com preço-alvo a R$ 92 por papel, implicando em potencial de valorização de 50%, levando em conta a cotação atual.
Entrevista: como investir em agro em 2021?
O Money Times conversou com Jojo Waschmann, CIO da Vitreo, para entender qual é a melhor maneira de investir em um setor que não para de crescer no Brasil: o agronegócio.
Com grande destaque no país, muitos se perguntam como é possível ganhar dinheiro com commodities agrícolas, sem ter que colocar as próprias mãos na terra.
Sabendo disso, a gestora está lançando o Vitreo Agro, com administração do BTG Pactual, que é o primeiro fundo multimercado de agronegócio do Brasil. Nele, o valor mínimo de investimentos é de R$ 100.
De acordo com Waschmann, a taxa de administração do fundo é de apenas 0,9%, ou seja, a cada R$ 1 mil investidos, você paga apenas R$ 9.
E a taxa de performance é de 10% sobre o resultado positivo que exceder 100% do CDI, o seu benchmark.