Comprar ou vender?

Por que a XP Investimentos vê um futuro dourado para a Vivara na Bolsa

19 nov 2019, 9:56 - atualizado em 04 fev 2020, 14:44
Vivara VIVA3
Casamento perfeito: verticalização da Vivara é uma vantagem competitiva no mercado de joias, segundo a XP Investimentos (Imagem: Divulgação/Vivara/Facebook)

A XP Investimentos iniciou a cobertura da Vivara (VIVA3), maior rede de joalherias do país, com recomendação de compra e preço-alvo para 2020 de R$ 30. Se cumprida, a previsão representará uma valorização de 25,4% sobre os R$ 23,93 com que os papéis fecharam esta segunda-feira (18).

Em seu primeiro relatório sobre a empresa, a analista de varejo da XP, Mariana Vergueiro, afirma que, “para os próximos anos, seguindo a conclusão da oferta primária de ações (IPO), a Vivara está bem capitalizada e pronta para acelerar seu crescimento através de um ambicioso plano de abertura de lojas.”

No início de outubro, a Vivara realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), captando R$ 2 bilhões – dos quais, R$ 453 milhões vieram da emissão primária de papéis e, portanto, entraram direto no seu caixa.

A empresa planeja aplicá-los numa agressiva expansão da rede de lojas, com 514 inaugurações previstas até 2014. Para apoiá-la, a fábrica de Manaus também será ampliada.

Riscos

Para a XP Investimentos, os dois principais riscos da Vivara, nos próximos anos, são a eventual dificuldade de encontrar espaços adequados para os pontos de venda, e uma possível alta da cotação do ouro e da prata que comprometesse suas margens.

A XP afirma que o primeiro risco é pequeno, pois haveria, pelo menos, 214 shopping centers no país capazes de receber uma loja da Vivara neste momento. Além disso, cada unidade é relativamente pequena, o que facilitaria ainda mais a locação de espaços.

Já a variação no preço dos metais preciosos é algo que requer mais cuidado. Nos últimos 20 meses, por exemplo, o ouro se valorizou 20%. Segundo a XP, a Vivara tem alguns trunfos para lidar com a volatilidade da cotação no mercado global.

Loja da rede de joalherias Vivara
Corrida do ouro: Vivara quer abrir 514 lojas até 2024 (Imagem: Divulgação/Vivara/Facebook)

O principal deles é dominar toda a cadeia de produção. “A maior parte do processo de produção da Vivara é verticalizado, sendo que o tempo da criação até a distribuição leva de 3-4 meses. Dessa forma, a Vivara pode atualizar seu portfólio de produtos com mais frequência”, afirma a XP.

“Isso permite uma melhora no tempo de colocação no mercado, oferecendo coleções mais modernas e atualizadas. Isso também permite que a empresa repasse com mais facilidade um potencial aumento de custos para os consumidores, através da chegada recorrente de produtos de novas coleções nas lojas”, completa.

A direção da Vivara, fundada em 1962, foi assumida em 2010 pela terceira geração da família Kaufmann. No ano passado, suas vendas alcançaram R$ 1,4 bilhão. Estima-se que a empresa detenha 10% do mercado brasileiro de joias.

Segundo a Euromonitor, o Brasil movimentou, em 2018, R$ 10,9 bilhões em compra e venda de joias, excluindo bijuterias. Trata-se de um negócio que cresce cerca de 5% ao ano. Se a expansão da Vivara for bem-sucedida, a companhia deverá dobrar sua participação de mercado para 20% até 2024, segundo a XP.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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