Por que a XP Asset ‘tem medo’ da Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3)?
Magazine Luiza (MGLU3), Americanas (AMER3) e Via (VIIA3) voltaram ao radar de analistas e investidores após os indícios cada vez mais claros do fim do ciclo de juros.
Porém, o trio, que fez a alegria de acionistas durante a pandemia, ainda não empolga grandes gestores.
Marcos Peixoto, sócio e gestor responsável pelo núcleo de renda variável da XP Asset, explicou durante o podcast Outliers, da XP Investimentos, que ainda possui um pé atrás com empresas de e-commerce.
“É um segmento que nós chegamos a ter na pandemia, mas eu acho muito commoditizado. São empresas com pouco diferencial competitivo e de valor para o consumidor”, coloca.
Peixoto observa que quando o cliente vai comprar em uma rede de lojas, ele quer um produto mais barato.
“É um retorno marginal cíclico, o que é ruim. Em momento bom do macro, você consegue vender bem, consegue ganhar dinheiro, e em momento que o macro piora, você costuma sofrer”, aponta.
O gestor diz ainda que aquele período de euforia provocado pelo Auxílio Emergencial, quanto o papel de Magalu, por exemplo, atingiu máximas históricas, “não volta mais”.
“É um setor que continuo não me animando. O ambiente de competição é bem desafiador, e o nível de rentabilidade das empresas bem baixo. Então, dentro desse subsetor de varejo, não me animo”, diz.
Seletividade
Apesar disso, Peixoto coloca que está começando a ficar mais positivo com varejo, de forma geral.
“É um setor que apanhou e acho que estamos perto do fim do ciclo de juros aqui. A inflação tem dado sinais que bateu no pico e a inflação na margem começa a melhorar”, aponta.
Ele afirma que há motivos para acreditar em uma melhora no segundo semestre, com uma economia mais aquecida de um lado e ações boas e baratas de outro.
“Não precisa se aventurar demais. Gostamos de Renner (LREN3), Grupo Soma (SOMA3) e Vivara (VIVA3). São empresas que tem um execução comprovada, que estão passando por um momento operacional positivo. Quando você olha, em termos de múltiplos, estão no mesmo patamar de 2015 e 2016. Lojas Renner está negociando a 15 vezes o preço sobre o lucro, que para esse tipo de empresa, é bem descontado”, assinala.
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