Por que a queda de 27% das ações da BRF é uma ótima oportunidade de lucrar?
O tombo de 27% das ações da BRF (BRFS3) nos últimos seis meses, contra queda de 7% do Ibovespa, abre uma excelente oportunidade de compra, aponta o Santander em relatório enviado a clientes.
Parece que o mercado entendeu o recado. O papel da gigante de proteínas ficou entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira (6). Por volta das 17h38, as ações subiam 6,12%, a R$ 20,8.
O banco elevou a recomendação para compra, com preço-alvo de R$ 25, desconto de 25% para o seu múltiplo histórico EV/EBITDA de 8,2x (sendo negociada atualmente acerca de 6,2x).
Por que caiu?
Segundo o analista Rodrigo Almeida, o mercado avalia que a empresa irá apresentar margens fracas e pouca geração de fluxo de caixa livre (FCF).
Porém, em 2022, a empresa deverá ter perspectivas melhores, como:
- aumentos recentes de preços;
- projeções de custos reduzidos (ou seja, grãos com custos mais baixos e custos de embalagem estáveis em 2022);
“Sendo assim, melhores perspectivas de margem para o próximo ano, combinadas com possíveis reduções de investimentos a fim de manter a sua dívida líquida/EBITDA em 3,0x, devem levar a uma geração de FCF positiva em relação à previsão negativa estimada pelo consenso”, argumenta.
Além disso, a fusão com a Marfrig (MRFG3) segue no radar, o que poderia destravar valor da companhia, que patina nos últimos anos.
Fazer a festa
Ceias fartas e reuniões de amigos e familiares que querem tirar o atraso após quase dois anos de pandemia deverão fazer as festas de final de ano melhores do que em 2019, quando não havia restrições devido ao coronavírus, avaliou a companhia de alimentos BRF, líder nos chamados produtos natalinos.
Mas não apenas esta demanda represada será responsável por trazer bons resultados para a empresa dona de marcas como Sadia e Perdigão, disse à Reuters o VP de Mercado Brasil da BRF, Sidney Manzaro.
Ele ressaltou que a companhia se preparou para o período, e que os cenários traçados das flexibilizações sociais e cobertura vacinal estão se confirmando, ao mesmo tempo em que acredita que o aparecimento no Brasil da nova variante do vírus, Ômicron, não muda projeções.
“As comemorações, em casas com os amigos e familiares, serão mais intensas do que o histórico. Teremos um boom de celebrações de fim de ano maior do que 2019, maior que o histórico, com mais gente. Como tem muita coisa represada e agenda curta, é provável que as pessoas se juntem mais”, declarou.