Por que a Petrobras (PETR4) não vai aumentar o preço da gasolina tão cedo, segundo o UBS BB
O UBS BB disse em relatório desta quinta-feira (3) que não espera que a Petrobras (PETR4) aumente os preços da gasolina e do diesel no curto prazo.
O banco avalia que os preços spot ainda apresentam risco significativo e lembra que a estatal há muito afirma que não repassaria a “volatilidade de curto prazo” para o preço ao consumidor.
Para o UBS BB, dada a reação do mercado ao longo da semana passada, a incerteza nos preços ainda é alta e o cenário não está claro. O banco diz ver a curva Brent em forte backwardation [contrato futuro negociado abaixo do preço à vista].
A instituição acrescenta que ajustar os preços da gasolina e do diesel agora teria um custo político e reputacional. “O poder legislativo brasileiro e os governos federal e estadual estão em discussão ativa sobre projetos de lei para reduzir os preços dos combustíveis”, lembra o banco.
Para o UBS BB, o aumento de preços da Petrobras neste momento pode “desencadear reações negativas do governo e da população”, diz trecho do relatório assinado por Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos.
O UBS BB estima que a gasolina esteja cerca de 25% abaixo da paridade de importação e o diesel 20% abaixo (algumas estimativas apontam para o diesel tão baixo quanto 30% abaixo da paridade).
Preço-alvo para Petrobras, segundo o UBS BB
O banco tem preço-alvo de R$ 44 para as ações da Petrobras (PETR4/PETR3) – hoje na faixa de R$ 34 e R$ 37, respectivamente – e a ADR a US$ 15,2, ante o patamar atual de US$ 14.
O petróleo tipo Brent caía 0,07% nesta quinta, mas ainda era negociado a US$ 112,85 o barril. Veja a cobertura do Money Times em tempo real.