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Por que a Oi (OIBR3) agora é ‘compra’, segundo a Genial

29 jun 2022, 10:57 - atualizado em 29 jun 2022, 10:57
Oi OIBR3
Oi registrou lucro líquido consolidado atribuído a acionistas controladores de R$ 1,78 bilhão. (Imagem: Money Times/ Gustavo Kahil)

A Genial Investimentos alterou a recomendação sobre a Oi (OIBR3;OIBR4), de neutra para compra, após a companhia divulgar o balanço do primeiro trimestre.

“A alteração do rating foi muito mais baseada na forte desvalorização da ação ao longo do ano, ao mesmo tempo em que os grandes riscos regulatórios foram superados e a questão da dívida passa a ser endereçada”, disse o analista da corretora Gabriel Tinem.

O preço-alvo das ações ordinárias da Oi estabelecido pela Genial é de R$ 0,54, o que implica um potencial de alta de 103,7%. OIBR3 avançava 3,70%, enquanto OIBR4 subia 5,77%. 

Para a Genial, um dos principais entraves para a entrada dos investidores é a questão da Recuperação Judicial. A corretora diz que a saída do processo se mostra cada vez mais próxima, “minimizando significativamente os riscos de falência”.

“A queda na participação da Oi na V.tal, onde enxergamos que seja a principal fonte de valor do que resta da Oi, fez com que revisitássemos o valuation da companhia”, diz Tinem, analista da corretora.

Ele conta que a redução de participação da Oi na V.tal, de 42,1% para 34,7%, além de outros fatores, tiveram um impacto de R$ 0,10 no preço-alvo da Genial.

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Balanço da Oi

A Genial diz que, do lado operacional, a Oi apresentou melhoras de margem na comparação anual, corroborada por “uma redução eficaz de custos, sem contar a forte expansão dentro do mercado de fibra”.

A margem Ebitda atingida foi de 28,4% (-6,9 pp t/t e +2,8 pp a/a). A empresa reportou um Ebitda de R$ 1,3 bilhão (-22,3% t/t e +9,9% a/a), marcado pela maior queda relativa dos custos frente à receita.

Segundo a Genial, a Oi colhe os frutos de suas políticas de reduções de gastos em meio a um período de grandes pressões inflacionárias.

A empresa teve custos de R$ 3,2 bilhões (+6,9% t/t e -4,6% a/a), o que foi, segundo o analista da corretora, uma boa resposta na comparação anual tendo em vista os esforços em redução de custos, simplificação de processos, aumento de eficiência e transformação digital.

As principais linhas afetadas por essas medidas foram pessoal e serviços de terceiros, mas foram parcialmente compensadas pelos maiores gastos com aluguéis e seguros (reajustes contratuais) e contingências, tributos e outros (menor recuperação de despesas no período).

A Oi registrou no primeiro trimestre do ano um lucro líquido consolidado atribuído a acionistas controladores de R$ 1,78 bilhão, revertendo prejuízo de R$ 3,03 bilhões registrado no mesmo intervalo do ano passado.

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