Por que a Gerdau (GGBR4) pode entregar mais, segundo o Itaú BBA
O Itaú BBA, em relatório assinado por Daniel Sasson e equipe, elevaram a recomendação da Gerdau (GGBR4) para “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado). Entre os motivos, estão um valuation atrativo, e a melhora do momento operacional, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos (EUA), onde a rentabilidade é resiliente.
“Acreditamos que uma reorganização de pessoal no Brasil poderia render até R$ 1 bilhão em economia de custos, o que poderá começar a ser visto até o final de 2024”, afirma o relatório.
Essa expectativa é baseada no aumento de 3.500 funcionários no quadro da empresa no ano passado, em comparação com o nível pré-Covid, o que faria com que houvesse um retorno às configurações anteriores e poderia levar a uma redução de R$ 700 milhões por ano no custo dos bens vendidos (COGS) em uma base normalizada.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
“Isso, unido a uma possível redução em custos fixos e otimização da presença, poderia resultar em economias de R$ 1 bilhão por ano”, complementa.
Os analistas afirmam que a gerência da empresa está otimista com relação à melhoria das margens em 2024, influenciada principalmente por um melhor cenário competitivo e maior eficiência, otimizando custos.
Como fatos que baseiam essas expectativas, estão:
- o esquema de cotas e tarifas de importação para importações no Brasil, recentemente anunciado, que poderia levar a ganhos de participação de mercado em relação aos produtos importados;
- e a otimização de ativos incluindo fechamento de capacidade em plantas menores e maior utilização de capacidade em usinas maiores.
Estados Unidos no radar da Gerdau (GGBR4)
No cenário externo, o Itaú BBA afirma que a Gerdau notou que a demanda por aço nos Estados Unidos (EUA) permanece resiliente, com um backlog próximo de 55 dias, acima dos níveis pré-pandemia, e apoiado por iniciativas como a Lei de Redução da Inflação e projetos relacionados à relocalização.
A Lei citada foi aprovada em agosto de 2022, estabelecendo US$ 430 bilhões para a execução de medidas ambientais, aumento de impostos corporativos e redução da inflação nos Estados Unidos (EUA).
“No entanto, a empresa destacou que a demanda pela Lei de Infraestrutura está demorando mais para se materializar em uma demanda de aço maior do que o esperado anteriormente”, complementa o Itaú.