Por que a gasolina está mais cara se a Petrobras (PETR4) não subiu os preços?
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou alta no preço da gasolina, após 15 semanas consecutivas de queda.
De acordo com os dados, o valor médio do litro passou de R$ 4,79, entre os dias 2 e 8 de outubro, para R$ 4,86 na semana entre 9 e 15. Isso significa uma alta de R$ 0,07 ou quase 1,5%.
Gasolina volta a subir depois de 15 semanas e passa de R$ 5; veja os preços em todo o país
No entanto, a Petrobras (PETR3; PETR4) não anunciou reajustes de preço nos combustíveis. E não é por falta de motivo: a gasolina e o diesel vendidos no Brasil estão defasados, em relação ao mercado internacional.
Na análise do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), por aqui, a gasolina está 8,82% mais barata que lá fora. Já o diesel apresenta uma diferença negativa de 11,19%.
Com isso, o litro da gasolina precisaria subir R$ 0,31 para alcançar o valor internacional, enquanto o diesel precisaria de um reajuste de R$ 0,61 no litro.
Mas se a Petrobras não reajustou os preços, por que está mais caro abastecer o carro? De acordo com Pedro Rodrigues, diretor e sócio do CBIE, a alta nos preços faz parte de um movimento do mercado.
“O consumidor se acostumou com os preços mais baixos, enquanto o consumo de combustível no Brasil aumentou 10%. O dono do posto, então, sobe alguns centavos de tempos em tempos para aumentar a margem de lucro”, afirma.
Reajustes
A última vez que a Petrobras elevou os preços foi no dia 17 de junho. Na época, o litro da gasolina vendida às distribuidoras passou de R$ 3,86 para R$ 4,06 – alta de 5,18% –; já o diesel subiu de R$ 4,91 para R$ 5,61 (+14,26%).
Até então, o diesel não era reajustado há 39 dias, enquanto o reajuste da gasolina não acontecia há 99 dias.
De lá para cá, a estatal anunciou cortes nos preços: foram quatro na gasolina, que está em R$ 3,28 o litro, e três no diesel que está em R$ 4,89.
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