Por que a Empiricus Research prefere Raízen (RAIZ4) à Vibra (VBBR3)?
A sucroalcooleira Raízen (RAIZ4), empresa do grupo Cosan (CSAN3), divulgou seus resultados referentes ao 4º trimestre da safra 2022/2023 na última sexta-feira (12). Os números não foram bem recebidos pelo mercado e a ação cai mais de 4% no pregão desta segunda.
Mas por que o mercado não aprovou um lucro líquido ajustado de R$ 2,52 bilhões, resultado de aproximadamente 12 vezes o lucro obtido no mesmo período do ano anterior?
Isso ocorreu porque o número foi impulsionado por R$ 3,7 bilhões de créditos fiscais de PIS e Cofins. A prática, no entanto, não é incomum. A concorrente Vibra (VBBR3), inclusive, fez o mesmo reconhecimento de créditos tributários um trimestre antes.
Ao ajustar o efeito no resultado, a Raízen teria um ebitda em linha com o do mesmo período anterior, o que, na opinião da analista da Empiricus Research, Larissa Quaresma, “é melhor que o resultado entregue por Vibra, que teve uma queda de 37% no ebitda”.
Por que os analistas da Empiricus preferem Raízen à Vibra?
A divisão própria de açúcar e etanol da Raízen, produzida a partir da cana de açúcar plantada pela própria empresa, é um diferencial competitivo que ajuda a explicar a diferença de desempenho do Ebitda das duas companhias.
Justamente por conta desse diferencial, as expectativas em torno dos resultados da Raízen eram superiores às da Vibra. “Com isso estamos vendo as ações da Raízen performarem pior, por conta dessa decepção”, aponta Larissa.
A analista também explica a diferença de estratégia das duas companhias na divisão de distribuição de combustíveis, onde competem…