Por que a Cosan está de olho no mercado de terras agrícolas?
Quase cinco anos após a venda, a Cosan (CSAN3) voltou a ter a maior fatia acionária no Grupo Radar — gestora de propriedades agrícolas, com capacidade para investir em ativos com alto potencial produtivo no Brasil — ao comprar por R$ 1,479 bilhão a participação de 47% antes detida pelo fundo de investimento TIAA.
Analistas do BTG Pactual (BPAC11), relembram que a Cosan vendeu sua participação de 38% na Radar em outubro de 2016 ao fundo de investimento por R$ 1,04 bilhão, permanecendo com fatia de 3% na gestora de 390 propriedades agrícolas, que somam 96 mil hectares de terras cultiváveis em cana-de-açúcar, soja, milho e algodão.
“A aquisição da Cosan vem em linha com um momento favorável no mercado de terras agrícolas, ao passo que a consultoria IHS Markit divulgou recentemente que entre julho e agosto deste ano, as terras brasileiras se valorizaram 32% no intervalo de um ano, maior salto percentual na série histórica”, enfatizam os especialistas Thiago Duarte, Pedro Soares e Henrique Brustolin.
O trio do BTG ainda enfatizou, no relatório obtido pelo Agro Times, que com base na análise do IHS, a demanda por terras agrícolas permanece forte e com fundamentos sustentados.
O banco tem recomendação de compra para as ações da Cosan, cm preço-alvo a R$ 39 por papel em 12 meses, implicando potencial de valorização de 74%, sendo a apreciação de dividendos responsável por 5,1%.
A ação da Raízen é apenas uma promessa?
A estreia da Raízen (RAIZ4) na Bolsa de Valores brasileira foi de longe o maior IPO do ano, ao movimentar R$ 6,9 bilhões.
Confira, no vídeo acima, a trajetória dos papéis e se eles são apenas uma promessa.