Por que a Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) ainda são venda para Morgan Stanley
Mesmo prevendo melhoras, o Morgan Stanley ainda não se sente confiante para alterar a indicação de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). Ambas as companhias ficaram ‘estacionadas’ em venda na atualização que o banco fez em varejo.
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De acordo com os analistas, embora o Magazine continue entregando margem Ebitda, há ventos contrários relacionados à categoria de tíquete altos, que incluem geladeiras e fogões.
Isso porque teremos mais um ciclo de alta da Selic. Economistas consultados pelo Banco Central veem as taxas chegando a 11,75%, alta de 1 ponto percentual em relação a atual taxa, de 10,5%. Porém, algumas casas veem altas ainda maiores, para 12%.
“Embora a parceria anunciada com a Aliexpress possa dar suporte a uma ampliação para categorias de tíquetes mais baixos, acreditamos que o cenário de taxas mais altas por mais tempo pode limitar a magnitude de uma recuperação de vendas para categorias principais de tíquetes mais altos”, diz.
Em junho, a companhia anunciou um acordo com a chinesa para listagem e venda dos produtos em ambos os marketplaces. As conversas entre as companhias iniciaram no final de 2023, segundo o CEO do Magalu, Frederico Trajano — “uma parceria muito ‘ganha-ganha’”.
“Embora as despesas financeiras líquidas (pré-IFRS16) como uma porcentagem da receita tenham caído para -3% em 2024 de um pico de 4,7% em 2022, acreditamos que taxas mais altas podem continuar a pesar no fluxo de renda líquida também”, diz.
Casas Bahia: Visibilidade limitada
De acordo com o Morgan, à medida que a Casas Bahia muda o foco para priorizar canais mais lucrativos, as vendas permanecem sob pressão, incluindo uma queda de 12% no GMV (volume bruto de mercadorias) total do segundo trimestre de 2024, com uma queda de 24% no e-commerce.
“Favorecemos o foco simplificado como uma operadora especialista em categoria, enquanto com as taxas de juros de volta a um ciclo de alta, vemos um catalisador limitado para uma inflexão ascendente nos principais setores de eletrodomésticos, móveis e eletrônicos da Casas Bahia”.
No ano, Casas Bahia cai 61%, enquanto Magazine Luiza 51%.