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Por que a alta dos preços de aluguéis estimula a compra de imóveis?

14 dez 2023, 17:20 - atualizado em 15 dez 2023, 10:43
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Aumento de preços de aluguéis abre uma janela de oportunidades para construtoras e para quem sonha comprar imóveis (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O sonho da casa própria é um dos maiores objetivos dos brasileiros. Segundo o “Censo QuintoAndar de Moradia”, 87% da população almeja adquirir um imóvel e essa estatística se comprova em quase todos os fechamentos de compra.

Nos estandes de vendas, a frase mais ouvida é: quero sair do aluguel. Nada mais justo, visto que a casa própria é sinônimo da construção de um lar, de uma família.

Desta forma, uma vontade que já era grande, tornou-se ainda maior com o aumento de preços dos aluguéis. Só no primeiro semestre de 2023, o valor da locação imobiliária avançou 9,24%, de acordo com dados do Índice FipeZap.

Com isso, os questionamentos sobre o “comprar versus alugar” ganharam força e a resposta se volta à compra.

O impulso que faltava para imóveis

Quem mora de aluguel sabe como é lidar com frequentes variações de preços para garantir a moradia. Quando o valor sobe de forma constante, sem o salário acompanhar o ritmo, a instabilidade toma conta.

Diante disso, a situação impacta a população de menor poder aquisitivo com mais intensidade. A pesquisa do QuintoAndar confirma que as classes sociais menos favorecidas são aquelas que expressam com maior ênfase o desejo de adquirir o “seu cantinho”.

Não é para menos, já que essa é a parcela da população que mais sente no bolso a elevação do valor dos aluguéis. Em 2022, houve a maior alta das locações residenciais em 11 anos, apontou o Índice FipeZap.

Alugar ou financiar um imóvel?

A principal dúvida na hora de decidir entre o aluguel ou o financiamento imobiliário diz respeito aos benefícios de cada escolha. Nas atuais circunstâncias, o movimento para adquirir o imóvel próprio ganha com facilidade.

Isso porque a opção de financiar é um investimento em um bem de valorização certa ao longo do tempo, levando maior segurança para os moradores. Por sua vez, o aluguel exige as mesmas parcelas. Porém, não garante nada a quem paga.

Outro ponto a ser analisado é a estabilidade que o imóvel próprio traz. Não são poucos os casos de famílias que precisam se mudar às pressas porque o locatário pede o espaço de volta.

Sem falar que, ao investir na própria casa, o morador tem o direito de personalizá-la como desejar, sem a necessidade de autorização de terceiros.

Além disso, tem as prestações do financiamento que, para muita gente, é uma forma de poupar dinheiro por saberem qual é o destino correto de parte das suas finanças mensais.

Oportunidade para as construtoras

O objetivo de toda a empresa de construção civil é oferecer empreendimentos de qualidade para o maior número de clientes possíveis. Sendo assim, com o interesse crescente em adquirir o próprio imóvel, abre-se uma janela de oportunidades para as construtoras.

Inclusive, o acompanhamento do aumento do preço do aluguel deve fazer parte das estratégias de marketing das companhias, a fim de oferecer condições que ajudem os interessados a realizarem o sonho almejado.

Portanto, o discurso que diz ser melhor alugar do que investir na casa própria não tem mais sustentação, ainda mais quando falamos dessa escolha referente às classes C e D.

O imóvel próprio traz valorização, estabilidade e, o ponto principal, a realização de sonhos.

*Eduarda Tolentino é sócia e presidente da BRZ Empreendimentos

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