Por que a alta da Selic não corta o barato das operações da JHSF?
Analistas do BTG Pactual (BPAC11) sinalizam que nem mesmo o movimento de alta de juros no Brasil — Selic cotada a 6,25% ao ano e ainda com apetite para mais — atrapalham as operações da JHSF (JHSF3), companhia listada na Bolsa de Valores com extenso portfólio de shoppings de alto padrão, hotéis de luxo e terrenos imobiliários.
Após terem tido acesso à alta diretoria da empresa, especialistas do banco de investimento destacam que, apesar dos juros mais elevados serem vistos como possível impacto negativo à JHSF — especialmente á negociação de imóveis — as vendas da companhia se mantiveram sólidas até o momento.
“As vendas dos shoppings já estão acima dos níveis de 2019 e a JHSF está cortando descontos. Paralelamente, os planos de empreendimentos habitacionais e de shopping centers estão intactos, bem como a companhia toca obras de expansão do Aeroporto Catarina, refletindo a boa demanda”, comentam os analistas Gustavo Cambauva, Elvis Credendio e Luis Mollo.
Durante a vídeo conferência sediada pelo banco, o CEO da JHSF explicou que taxas de juros mais altas podem impactar as vendas de imóveis, já que o apetite dos investidores pode diminuir, mas disse que a maior parte da demanda por projetos de habitação da JHSF veio dos consumidores finais.
A JHSF possui um grande estoque de terrenos para continuar desenvolvendo projetos rentáveis no complexo Boa Vista (Village, Estates e um terreno recém-comprado nas proximidades). Já o Parque Catarina está em estágio avançado e a empresa deve anunciar novidades sobre o projeto em breve.
O CEO também revelou aos analistas do BTG que acredita na sequência de vendas de bens de luxo sólidas com varejistas de alto padrão sediados no Brasil mais competitivos do que em outros países
O BTG tem visão positiva para as ações da JHSF, com recomendação de compra e preço-alvo em R$ 11 por papel.