Por que a ação da Minerva ainda pode saltar 25%, segundo analistas?
A Minerva (BEEF3) apresentou um trimestre de recordes, embalado pelas vendas de carne bovina aos Estados Unidos. O resultado é ainda mais expressivo, quando se lembra que é o o único frigorífico brasileiro que não possui planta local na América do Norte. Por isso, a empresa depende exclusivamente de suas exportações, contabilizando, inclusive, o apurado com a Athena Foods, que controla as unidades na América do Sul.
Para a Genial Investimentos, diversificação geográfica, câmbio favorável, grande exposição ao dólar e uma forte demanda externa permitiram que a Minerva aumentasse a receita em 43,4% na comparação anual, atingindo R$ 7,4 bilhões e batendo recorde para um terceiro trimestre.
A corretora mantém a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 13,10, implicando potencial de alta de 25% nos próximos 12 meses, levando em conta o fechamento a R$ 10,40 no dia 05 de novembro.
Jogando sem a China
Analistas do BTG Pactual (BPAC11) reconhecem a execução sólida da Minerva durante o trimestre passado, com destaque à receita líquida, que superou em 13% as expectativas do banco.
Contudo, a dinâmica, daqui em diante, será mais desafiadora para o frigorífico, já que um dos principais mercados consumidores de carne do mundo está fora da jogada.
“A base de produção geograficamente diversificada da Minerva compensará apenas parcialmente a proibição persistente da China sobre as importações de carne bovina do Brasil, e o momentum das vendas eventualmente diminuirá”, destaca o BTG.
O banco permanece neutro em relação à Minerva, com preço-avo de R$ 12.