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Por que a ação da BRF ainda não está sadia?

13 nov 2018, 15:13 - atualizado em 13 nov 2018, 15:19
(Crédito: Divulgação/BRF)

Por que a ação da BRF (BRFS3) não anda sadia? A queda acumulada dos papéis alcança 46,75% no ano, o que a coloca entre as 5 piores do índice Bovespa em 2018. A equipe de análise do Santander liderada por Marcel Moraes mergulhou nos números da empresa para identificar uma resposta.

A recomendação encontrada após a análise foi de “manutenção”, com um preço-alvo de R$ 23 para o final de 2019. O valor corresponde a um potencial de valorização de apenas 15%.

Ele explica que a companhia não está crescendo no mesmo ritmo do passado, suas exportações não mostraram a resiliência esperada e que há um longo e sinuoso caminho à frente antes que a empresa consiga atingir seu potencial máximo de margem Ebitda. De fato, este é um tema também reconhecido pela própria companhia.

“Realisticamente, isso não acontecerá em menos de dois anos”, disse Pedro Parente em uma entrevista em Nova York, acrescentando que um de seus maiores desafios como CEO é “gerenciar as expectativas dos investidores”, destacou a Reuters em uma reportagem publicada hoje. Desde a chegada do executivo, em abril, os papéis recuperaram 10% de valor.

Segundo Moraes, apesar da intensa competição no Brasil, o forte reconhecimento da marca BRF, aliado ao baixo custo de produção e a ampla distribuição de seus produtos ajudarão a companhia a recuperar sua rentabilidade mais cedo ou mais tarde. No entanto, o atual patamar de valuation que suas ações estão sendo negociadas (8,3 vezes o Valor da Firma/Ebitda para os próximos 12 meses, 30% abaixo da sua média de 10 anos) limita seu potencial de alta no curto/médio prazo.

“Por fim, a alta alavancagem da companhia (atualmente em 6,7x Dívida Líquida/EBITDA) é um ponto de preocupação, o que nos torna mais cautelosos com a recomendação numa perspectiva de curto/médio prazo”, conclui.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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