Por piora na economia, Oi (OIBR3) cancela projeções que previam receitas de até R$ 15 bi
A Oi (OIBR3) irá descontinuar as projeções (guidance) divulgadas no dia 19 de julho de 2021, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta segunda-feira (16).
Segundo a empresa, o cancelamento se deve “as relevantes mudanças no cenário macroeconômico brasileiro e a consequente contrapartida no ambiente competitivo e nas necessidades de financiamento da companhia”.
Além disso, a empresa ressalta que as projeções divulgadas em 31 de dezembro para credores não devem ser vistas como um guidance.
“Isso porque tais projeções assumem premissas da negociação com os credores conforme os termos da proposta apresentada no material e os indicadores financeiros e operacionais divulgados poderiam ser objeto de revisão de acordo com o próprio resultado dessa discussão”, argumenta.
Quais eram as projeções da Oi?
O plano divulgado anteriormente previa uma receita líquida de R$ 14 bilhões a R$ 15 bilhões em 2024 para as operações da Nova Oi e um Ebitda, que mede o resultado operacional, de R$ 2,3 bilhões.
Veja na tabela abaixo:
Oi em 2023?
De acordo com o Santander, a Oi reportará a receita líquida de R$ 10,2 bilhões (excluindo operações descontinuadas) em 2023, implicando um crescimento baixo de dois dígitos em relação a 2022.
“Tal crescimento deve ser impulsionado principalmente pelo negócio de fibra ótica, já que a Oi deve permanecer como o cliente âncora da V.tal, que deverá continuar expandindo sua presença em um ritmo acelerado”, diz.
As projeções da tele indicam que a empresa de fibra ótica deve atingir mais de 34 milhões de residências transmitidas até 2025, praticamente o dobro em relação ao seu tamanho atual.
“Do lado negativo, as receitas legadas relacionadas à concessão de voz fixa da empresa devem continuar caindo em ritmo forte”, prevê.
Neste ano, o Ebtida da Oi pode chegar a R$ 700 milhões, o que implica uma margem Ebitda de meio dígito.
Veja o documento: